03/07/2013 11h59 - Atualizado em 03/07/2013 11h59

Situação de Portugal põe estabilidade do país em risco, diz Barroso

Declaração é do presidente da Comissão Europeia.
'Essa situação delicada exige um grande senso de responsabilidade'.

Da Reuters

Portugal tem que agir rapidamente para reconquistar sua estabilidade política ou corre o risco de prejudicar a recuperação econômica, afirmou nesta quarta-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

"A reação inicial dos mercados mostra o risco óbvio de que a credibilidade financeira recentemente construída por Portugal pode ser afetada pela atual instabilidade política", disse ele em comunicado.

Mulher passa em frente a muro com frase de protesto contra o governo, em Lisboa (Foto: Reuters)Mulher passa em frente a muro com frase de
protesto contra o governo, em Lisboa
(Foto: Reuters)

"Essa situação delicada exige um grande senso de responsabilidade de todas as forças e líderes políticos", completou ele.

A Comissão Europeia (CE) pediu nesta quarta-feira (3) que Portugal explique o mais rápido possível a crise política, provocada pela demissão de dois ministros, e advertiu que a situação pode provocar uma instabilidade financeira "desastrosa" para o país.

"Esta situação delicada exige um grande senso de responsabilidade de todos os partidos políticos e seus dirigentes. A situação deve ser esclarecida o mais rápido possível", disse o presidente da CE, José Manuel Barroso.

"A Comissão e eu mesmo acompanhamos a situação com grande preocupação", completou.

"A primeira reação dos mercados financeiros mostra que a situação provocada pela instabilidade política atual ameaça a credibilidade financeira do país. Se isto acontecer, será um desastre para o povo português", advertiu.

O diretor do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, seguiu a mesma linha.

"A situação é preocupante. Peço a Portugal que assuma suas responsabilidades", disse.

As Bolsas de Madri e Portugal operavam em forte baixa nesta quarta-feira, depois dos pedidos de demissão dos ministros das Finanças e das Relações Exteriores do governo lusitano.

A saída do chanceler Paulo Porta, que fragilizou o governo de centro-direita, responsável por aplicar duras medidas de ajuste em troca de um plano de resgate internacional concedido a Portugal em 2011.

 

 

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