A Bovespa abriu em queda e seguiu operando assim durante a manhã desta quarta-feira (3). Porém, perto das 12h, o índice passou a subir, ensaiando uma recuperação após o tombo de mais de 4% na véspera.
Às 13h41, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro subia 0,83%, aos 45.606 pontos. As ações da OGX, do empresário Eike Batista, recuavam perto de 11%, liderando mais uma vez as baixas do dia. Os papéis da LLX e MMX, também do grupo de Eike, operavam em alta. Veja a cotação.
As ações da B2W era o destaque entre altas, com valorização de mais de 13%.
Neste início de tarde, o índice era impulsionado pela recuperação das ações da Petrobras e das siderúrgicas, o que ajudava a compensar o novo tombo da OGX.
"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse à Reuters o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.
Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo país são fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.
No exterior, investidores avaliavam novos sinais de desaceleração na China e aumento da tensão política em Portugal. Investidores seguiam na expectativa pelo relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos na sexta-feira, em busca de sinais sobre o futuro do programa de estímulos monetários.
Mais cedo, o Departamento do Trabalho do país informou que número de norte-americanos solicitando novos pedidos de auxílio-desemprego caiu pela segunda semana consecutiva na semana passada, apontando para um ritmo estável de aumento de empregos.
Na terça-feira, a Bovespa fechou em queda de mais de 4%, com preocupações sobre as perspectivas para a economia brasileira desencadeando um movimento de venda generalizada de ações, com a baixa sendo capitaneada pelas empresas do grupo EBX. O Ibovespa recuou 4,24%, encerrando o pregão aos 45.228 pontos, menor patamar desde 22 de abril de 2009, quando a bolsa encerrou o pregão aos 44.888 pontos.