29/10/2013 13h43 - Atualizado em 29/10/2013 17h34

Quase 80% dos brasileiros têm meios eletrônicos de pagamento

Posse de cartões saltou de 68%, em 2008, para 76% em 2013, diz Abecs.
Meios eletrônicos representam metade do volume financeiro gasto.

Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo

Marcos Magalhães, diretor da Abecs, durante apresentação da pesquisa (Foto: Fabíola Glenia/G1)Marcos Magalhães, diretor da Abecs, durante
apresentação da pesquisa (Foto: Fabíola Glenia/G1)

Quase 80% dos brasileiros têm algum meio eletrônico de pagamento. A posse de cartões de crédito, de débito e de loja entre a população do país saltou de 68%, em 2008, para 76%, em 2013, conforme indica a 6ª edição da pesquisa sobre o mercado de cartões, divulgada nesta terça-feira (29) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), durante evento em São Paulo.

O total de pessoas a partir de 18 anos que possuem algum meio eletrônico de pagamento em 11 capitais pesquisadas chegou a 20,4 milhões, contra 16 milhões cinco anos atrás.

Entre as pessoas das classes A e B, a posse de cartões chega a 90%. Em seguida, estão a classe C, com 70%; e as classes D e E, com 42%. A pesquisa aponta também que a posse de cartões é maior entre a população com nível superior de escolaridade (93%) e faixa de idade entre 25 e 44 anos (82%).

O levantamento também mostra que os meios eletrônicos de pagamento já respondem por metade (50%) do volume financeiro gasto por mês pelo brasileiro.
 

Entre as pessoas das classes A e B, a posse de cartões chega a 90%

A pesquisa da Abecs ouviu consumidores e estabelecimentos comerciais de 11 capitais brasileiras, entre os meses de maio e julho de 2013, registrando a opinião de cerca de 4 mil pessoas.

Dinheiro, cheque e carnê
Segundo a Abecs, o crescimento da participação dos cartões no valor gasto por mês pelo brasileiro demonstra que, nos últimos dois anos, os demais meios de pagamento – como dinheiro, cheque, boleto bancário e carnê, entre outros – perderam espaço perante os meios eletrônicos

A taxa de participação desses meios caiu de 58%, em 2011, para 50% – mesmo patamar alcançado pelos cartões em 2013. A participação do dinheiro foi a que mais recuou no período, de 43% para 37%. Por outro lado, o cartão de débito foi o que mais cresceu em termos de participação nos últimos dois anos, avançando de 19% para 23%.

Uso
O uso habitual de cartões na população cresceu de 66%, em 2008, para 72%, este ano. Segundo a pesquisa, 95% das pessoas que possuem algum meio eletrônico de pagamento têm o hábito de usá-lo para fazer compras de produtos e serviços.

De acordo com a pesquisa, o cartão de débito é o que tem índice de posse mais alto, com 64%, seguido pelo cartão de crédito (50%) e pelo cartão de loja (27%).

Os itens que os consumidores mais adquirem com cartões de crédito, de débito e de loja são os do grupo de bens duráveis para a casa (73%), seguido de estadias de hotéis e pousadas (71%) e roupas, calçados e joias (71%).

“Quanto maior o tíquete (valor da compra), mais as pessoas usam cartão de crédito; quanto menor o tíquete, mais usam dinheiro e cartão de débito”, destacou Marcos Magalhães, diretor da Abecs.

Inadimplência
O levantamento apurou que, em 2013, 31% dos entrevistados já deixaram de pagar a fatura em algum momento, contra 49% em 2008. “Podemos dizer que as pessoas estão muito mais conscientes em relação ao uso do cartão”, disse o executivo.

A maior parte dos entrevistados (73%) garantiu que não tem dificuldade para controlar os gastos no cartão, enquanto 26% afirmaram ainda ter dificuldade nessa questão. Além disso, 91% das pessoas costumam conferir a fatura antes de pagá-la, sendo que 74% fazem isso antes mesmo da chegada da conta.

Estabelecimentos
A pesquisa constatou que os meios eletrônicos de pagamento respondem por mais da metade do faturamento dos estabelecimentos comerciais, com 54% de participação. Na sequência aparecem o dinheiro (35%), cheque (4%), boleto, entre outras opções. “O dinheiro ainda é forte, mas vem reduzindo (a participação no faturamento)”, salientou Magalhães.

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