15/10/2013 11h13 - Atualizado em 15/10/2013 11h19

Vou fazer o máximo para tirar a OMC do imobilismo, diz Azevêdo

Diretor-geral do órgão participou de evento em SP por videoconferência.
Negociações em Bali são o próximo e mais importante desafio de Azevêdo.

Anay CuryDo G1, em São Paulo

Dois meses depois de assumir a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o órgão máximo do comércio internacional, Roberto Azevêdo enfrentará seu maior desafio em dezembro, na próxima reunião ministerial, realizada em Bali. Há sinais promissores, para Azevêdo, de que o encontro, considerado decisivo para o futuro da organização, trará resultados positivos para o sistema multilateral de comércio.

O diretor-geral da OMC participou, por meio de videoconferência, do Fórum Estadão Brasil Competitivo na manhã desta terça-feira (15), em São Paulo.

Questionado sobre as garantias de sucesso que poderia dar à frente da direção da OMC, Azevêdo disse não ter. “Garantias são sempre difíceis de se oferecer. Não tenho garantia de nada. O que posso assegurar aos membros é de que vou fazer o máximo possível para poder tirar a organização, ou pelo menos o braço negociador da organização, do imobilismo em que ele se encontra”, afirmou.

Azevêdo disse acreditar que uma pessoa só não é capaz, por si só, de fazer com que as negociações avancem e que o cenário da economia mundial exerce grande influência. “Ele [diretor] pode ajudar, facilitar com o conhecimento dele do sistema, do histórico de negociações, mas também acho que o diretor-geral pode se beneficiar muito ou ser muito prejudicado em função das circunstâncias internacionais.”

Segundo Azevêdo, a economia mundial ainda está saindo de uma crise, mas atravessa um momento menos crítico. “Estou certo de que os membros da OMC querem um acordo. Estão acostumados com fracasso, precisamos mudar isso, estou vendo sinais promissores de que começamos a adotar nova postura de negociação na sala. Se tiver bons resultados em Bali, teremos sucesso no sistema multilateral", afirmou.

“Nossa percepção aqui em Genebra, e acho que compartilhada por todos, é de que a conferência interministerial em Bali vai ser fundamental para a recuperação da credibilidade da OMC como um foro negociador”, disse Azevêdo. Pouco depois de sua nomeação, em maio, ele defendeu “que seja devolvido à OMC o papel e o prestígio que deveria ter”.

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