A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quarta-feira (30) que o consumo de energia no país no terceiro trimestre de 2013 totalizou 115.124 gigawatts-hora (GWh), alta de 3,9% em relação a igual período do ano passado.
De acordo com a EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, a maior contribuição para esse aumento partiu do setor residencial, que entre julho e setembro consumiu 30.625 GWh, aumento de 6,9% em relação ao mesmo intervalo de 2012.
A explicação para o desempenho do setor residencial, segundo a EPE, está na expansão da base de consumidores, de 3,5% na comparação entre setembro de 2012 e de 2013, além da elevação do consumo médio de energia pelas residências, de 2,9%, que pode ser explicado pelo maior uso de eletrodomésticos.
“As estatísticas do varejo (PMC/IBGE) mostram elevação de 9% nas vendas de eletrodomésticos acumuladas até agosto. No acumulado até junho, o registro era de 7,5%. A linha de financiamento concedida pelo Programa Minha Casa Melhor, lançado em junho de 2013 pelo governo federal, e direcionada aos beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida, favoreceu a aquisição de novos eletrodomésticos no trimestre e, consequentemente, o seu uso nos domicílios.”, diz a nota da EPE.
Indústria
O setor industrial brasileiro fechou o terceiro trimestre com consumo de 46.952 GWh, valor 1,1% superior ao registrado em igual período de 2012, informa a EPE.
De acordo com a EPE, no mês de setembro o consumo de energia registrou queda de 0,1% em relação a igual mês de 2012, resultado que interrompeu uma sequencia de cinco altas consecutivas no consumo de energia pelo setor.
Esse dado é importante porque a variação no consumo de energia é um dos mais importantes indicadores do desempenho da indústria em um país.
De acordo com a EPE, o Nordeste (- 4%) e o Sudeste (- 1,6%) foram as regiões que mais contribuíram para o resultado do trimestre julho-setembro do consumo de energia pela indústria brasileira.
“No Sudeste, o consumo foi menor que em setembro de 2012 em todos os estados, com destaque para o Espírito Santo (-4,3%), onde houve parada de um grande cliente do setor extrativo, e para São Paulo (-1,9%), impactado pelo menor consumo do setor de alumínio”, diz a nota da EPE.