15/10/2013 12h15 - Atualizado em 15/10/2013 12h32

Câmara deverá propor aumento de teto da dívida dos EUA até fevereiro

Políticos têm de chegar a um acordo para elevar o teto da dívida até quinta.
Republicanos querem votar texto que aumente limite até 7 de fevereiro.

Do G1, em São Paulo

Funcionário público dos EUA segura placa com a mensagem 'queremos trabalhar'  (Foto: Jason Reed/Reuters)Funcionário público dos EUA segura placa com a mensagem 'queremos trabalhar', em frente ao Capitólio, onde fica o Congresso, em Washington (Foto: Jason Reed/Reuters)

Os republicanos da Câmara dos Estados Unidos querem organizar a votação de um texto que aumente o limite do endividamento até 7 de fevereiro e permita a reabertura do Estado federal até 15 de janeiro.

A medida elaborada pela Câmara modifica o texto que é negociado atualmente do Senado, acrescentando mudanças importantes à lei sobre a saúde impulsionada pelo presidente Barack Obama, de acordo com a agência France Presse.

Um imposto sobre o equipamento médico instaurado pela lei seria adiado por dois anos, e os legisladores do Congresso seriam privados de subsídios federais que atualmente permitem a eles reduzir o custo de seus seguros de saúde. Segundo o representante Darrel Issa, a votação acontecerá nesta terça-feira, diz a France Presse.

O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, disse que tentará fazer de tudo para que não haja calote.

A Casa Branca disse que Obama, por sua vez, se encontrará com líderes democratas nesta tarde para discutir sobre o impasse fiscal. 

Os políticos norte-americanos têm de chegar a um acordo para elevar o teto da dívida do governo antes do prazo final, quinta-feira (17). O Tesouro dos EUA ficará sem caixa se não houver um consenso.

O limite da dívida atual, de US$ 16,699 trilhões, foi alcançado em maio. Desde então, o Tesouro dos EUA tem usado recursos extraordinários para pagar as contas, mas o dinheiro se esgota no dia 17. Toda semana, o Tesouro também tem que refinanciar US$ 100 bilhões da dívida sob a forma de títulos do governo dos EUA, os chamados Treasure bonds.

Paralisação de parte do governo
Além disso, desde o dia  1º de outubro, os serviços considerados não essenciais nos Estados Unidos estão paralisados, até que um acordo sobre o orçameno do país seja alcançado.

Cerca de 800 mil trabalhadores federais estão em licença não remunerada. A medida também provocou o fechamento de museus e parques nacionais, o processamento de impostos, o pagamento de benefícios os pagamentos de subsídios agrícolas e as concessões de empréstimos.

Todo esse impasse ocorre porque os republicanos se recusam a aprovar o novo orçamento, a menos que o presidente Obama concorde em adiar ou eliminar o financiamento à saúde previsto na lei de reforma do setor, uma promessa de campanha do democrata, aprovada em 2010.

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