31/10/2013 06h20 - Atualizado em 31/10/2013 07h12

Criadores de Mato Grosso estão otimistas com a suinocultura

Reação no preço do suíno mexeu com o ânimo dos criadores.
Há tempos, eles não recebiam tão bem e voltaram a investir no plantel.

Do Globo Rural

No meio da área agrícola, uma granja de suínos na Fazenda Caverá, em Campo Verde, sudeste de Mato Grosso.

As duas atividades se complementam, do campo sai a matéria-prima que alimenta os animais. A ração é feita na propriedade mesmo, 45 toneladas por dia. O sistema verticalizado reduz as despesas, só que mesmo assim, o produtor não escapou da crise que teve início em junho de 2011, quando a Rússia fechou as portas para a carne suína brasileira, situação que foi agravada o ano passado, quando os custos de produção estavam muito altos. O jeito foi reduzir 500 matrizes do plantel.

Os dias difíceis passaram e a atividade vive hoje uma fase de recuperação. Para se ter uma ideia de como o cenário mudou, no início do primeiro semestre do ano passado, ainda o auge da crise, um animal com 100 quilos, em média, era vendido por aproximadamente R$ 160 no estado. Hoje, não sai por menos de R$ 340.

A explicação para o aumento está na relação entre oferta e demanda. Como muitos produtores fizeram como Raulino Machado e reduziram o número de matrizes, o volume de animais para o abate agora ficou menor.

O bom momento gerou otimismo. A granja de Raulino voltou a ter 2 mil matrizes, que devem produzir 50 mil animais por ano.

Mesmo animado, o produtor pensa no futuro com cautela, uma herança dos dias difíceis. “Foi um ano inteiro de crise, então a gente fica com um pé atrás, apesar de estar dando para trabalhar melhor”, diz.

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