Economia

Petrobras pode apresentar nova política de reajustes de preços de combustíveis até 22 de novembro

Em fato relevante, estatal afirmou que trabalha em metodologia para dar ‘maior previsibilidade’ do alinhamento de preços domésticos com internacionais

RIO - A Petrobras pode definir, até o fim de novembro, uma nova política de reajuste de preços de combustíveis. Em reunião realizada nesta sexta-feira, o Conselho de Administração da estatal apresentou uma nova metodologia de precificação. A empresa estabeleceu um prazo até 22 de novembro para considerar sobre a metodologia, sobre a qual não foram revelados detalhes. Até a data, equipes farão “simulações adicionais”, informou a companhia.

Segundo fato relevante divulgado ao mercado na noite desta sexta, a estatal trabalha em uma metodologia “através da qual se tenha maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais”.

A possibilidade de uma revisão da política de reajustes já vinha sendo sinalizada pela presidente da empresa, Maria das Graças Foster. Em entrevista concedida à colunista Míriam Leitão, na Globo News , a executiva afirmou que a equipe da empresa trabalha para dar previsibilidade aos reajustes, mas não forneceu mais detalhes.

A defasagem entre os preços de combustíveis no mercado internacional e os praticados no mercado interno tem pesado no caixa da Petrobras. A estatal acumula, entre janeiro e agosto deste ano, perdas estimadas em R$ 3,4 bilhões por não repassar para o aumento do petróleo no mercado internacional, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).

A companhia divulgou, nesta sexta-feira, que teve lucro de R$ 3,395 bilhões no terceiro trimestre, 39% inferior ao resultado do mesmo período do ano passado. Já em relação aos três meses anteriores, o recuo foi de 45%. No ano, no entanto, a petroleira soma ganhos de R$ 17,289 bilhões, alta de 29% frente aos R$ 13,435 registrados no mesmo período de 2012.