18/09/2013 10h33 - Atualizado em 18/09/2013 10h38

Greve nos Correios começa com baixa adesão em Ribeirão Preto

Apenas 30 carteiros não saíram às ruas na manhã de 4ª feira, diz sindicato.
Categoria pede reajuste salarial de 15%, redução da jornada, entre outros.

Adriano OliveiraDo G1 Ribeirão e Franca

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect) em Ribeirão Preto (SP) aderiu à greve nacional a partir desta quarta-feira (18). A decisão foi tomada em assembleia na noite de terça-feira (18) e deve atingir as 92 cidades de abrangência do sindicato, entre elas Franca (SP), Araraquara (SP), Sertãozinho (SP), Barretos (SP) e Catanduva (SP).

No início da manhã, porém, ainda era pequena a adesão da categoria. Especificamente em Ribeirão Preto, apenas 30 carteiros haviam cruzado os braços, segundo o presidente do Sintect, Carlos Decourt Neto. O balanço da paralisação nas cidades da região será divulgado no período da tarde.

“As agências estão funcionando normalmente, os clientes podem postar cartas. O problema está na distribuição, porque os trabalhadores não saíram às ruas", disse o sindicalista, que considerou normal o número de funcionários parados. “Estamos começando agora, algumas unidades são resistentes. Vamos trabalhar durante todo o dia na conscientização dos colegas.”

A categoria pede reajuste salarial de 15%, reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de 20% das perdas salariais, redução da jornada dos atendentes para seis horas e manutenção do plano de saúde.

“Esse é o fator predominante da greve. Os Correios estão implantando um novo plano de saúde e, com ele, teremos que pagar mensalmente, usando ou não a assistência médica. Hoje, só paga quem utiliza o serviço. Entendemos que essa é a melhor forma”, disse Decourt Neto.

Uma nova assembleia está marcada para acontecer na sede do sindicato no final da tarde de quarta-feira, quando será decidido se a paralisação continuará ou não. "A federação nacional transmite as orientações para os sindicatos, mas temos autonomia para decidir aceitar ou não a proposta", disse o sindicalista.

Greve nacional
Os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) não chegaram a um acordo durante audiência de conciliação realizada no Tribunal Superior do Trabalho nesta terça-feira (17).

A proposta dos Correios é de reajuste de 8% nos salários - reposição integral da inflação de 6,27%, e aumento real de 1,7% -, aumento de 6,27% nos benefícios, além de pagamento de vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro. Os Correios também se comprometeram a oferecer o vale-cultura, dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo Governo Federal.

Em nota, a assessoria dos Correios informou que o impacto das reivindicações da Fentect seria de R$ 31,4 bilhões por ano, "quase o dobro da previsão de receita da empresa em 2013." O balanço oficial do número de funcionários parados será disponibilizada pelos Correios no final da tarde.

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