18/10/2013 06h33 - Atualizado em 18/10/2013 06h33

Excesso de alface causa diminuição no preço da hortaliça cultivada em SP

Queda é causada pela redução de consumo de alface em dias frios.
Agricultores têm prejuízos com a hortaliça que não é colhida no campo.

Do Globo Rural

A alface cultivada em Suzano, no cinturão verde de São Paulo, cresce com boa qualidade. Mas o excesso de oferta, causado pela redução do consumo em dias frios, provocou queda no preço da hortaliça. Os agricultores têm prejuízos com a alface que não é colhida no campo.

As hortaliças crescem viçosas no sítio de sete hectares em Suzano. Mas o agricultor enfrenta dificuldade com a pouca procura. Nos meses quentes, diariamente são vendidas 50 caixas com cinco dúzias. No entanto, desde o começo do inverno a quantidade caiu para 20 caixas. “É frio. O consumo é menor de salada. Geralmente, produz bem”, diz Guerino Pagels Neto.

Com muita oferta e pouco consumo há queda também no preço. A caixa, vendida entre R$ 40,00 e R$ 50,00 no verão, sai por R$ 30,00. Com a área produzida é mantida, as consequências aparecem na lavoura. Foram plantados 24 mil pés de alface crespa na propriedade, mas o produtor acredita que não irá conseguir aproveitar nem metade da produção. Os pés estragam nos canteiros por causa da falta de compradores.

Em outro sítio, também em Suzano, 90% da plantação crescem com qualidade. Não há prejuízos comuns no verão, quando o excesso de chuva provoca perdas de cerca 30%. Hoje, há muitos pés nos canteiros e o preço está baixo, com queda de 30% no valor da caixa. Antes, eram vendidas dez caixas da hortaliça por dia. Agora, não passa de seis caixas.

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