04/11/2013 17h56 - Atualizado em 04/11/2013 17h56

MMX oficializa mudança de sede no Rio de Janeiro

Empresa deixa o histórico edifício Serrador, no centro do Rio.
Na semana passada, empresa de Eike vendeu ativos no Chile.

Do G1, em São Paulo

A mineradora MMX, do empresário Eike Batista, oficializou, nesta segunda-feira (4), a mudança da sede da empresa.

A empresa deixa o histórico edifício Francisco Serrador, no centro do Rio de Janeiro, onde também foram instaladas as demais empresas do grupo EBX, e vai para o bairro do Flamengo.

A mudança já era esperada. Há um mês, reportagem do "Valor Econômico" apontava que o grupo iria deixar o edifício

Venda
Na semana passada, a MMX anunciou ter concluído a venda da totalidade de suas ações detidas na Minera MMX de Chile S.A. (“MMX Chile”) para a chilena Inversiones Cooper Mining S.A.

As informações foram publicadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio de fato relevante. Na nota, a companhia indica que "no momento, passa por uma revisão de seu modelo de negócios".

O grupo EBX, de Eike Batista, passa hoje por uma crise. Também na semana passada, a petroleira OGX pediu recuperação judicial e o estaleiro OSX deu sinais de que poderá fazer o mesmo.

No dia 14 de outubro, a MMX comunicou a venda de 65% do capital social da MMX Porto Sudeste para as companhias Impala e Mubadala pelo montante de US$ 400 milhões.

Crise no império X
A petroleira OGX, controlada também Eike Batista, entrou na última quarta-feira (30) com pedido de recuperação judicial. O pedido foi feito pelo advogado Sergio Bermudes.

"Em vista da situação financeira desfavorável em que se encontra, dos prejuízos por ela já acumulados, bem como do vencimento recente e vindouro de grande parte de seu endividamento, ajuizou, nesta data, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, pedido de recuperação judicial, em conjunto com suas controladas, OGX Petróleo e Gás S.A., OGX International GmbH e OGX Austria GmbH, nos termos dos artigos 51 e seguintes da Lei n.º 11.101/05, em medida de urgência, mediante deliberação de seu Conselho de Administração realizada na tarde de 30 de outubro de 2013", diz o fato relevante

A medida já vinha sendo aguardada pelo mercado, com a proximidade do fim do prazo para que a empresa agisse e evitasse um calote formal de sua dívida. O processo de recuperação judicial da petroleira é o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters.

A recuperação judicial é um instrumento da legislação brasileira que permite que empresas que perderam a capacidade para pagar suas dívidas possam continuar operando enquanto negociam com seus credores, com a mediação da Justiça, para tentar evitar a quebra definitiva.

Se o pedido for aprovado pela Justiça, a OGX tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial ao juiz, ou pode ser decretada a falência. Apresentando o plano, o juiz vai divulgá-lo para que os credores se manifestem.  Se não houver oposição, ou seja, se ninguém disser não aceito, o juiz pode dar esse plano por definitivo.

O prazo para que os credores aprovem esse plano é de 180 dias (também contados a partir do despacho do juiz). Se o plano não for aprovado em assembleia, a empresa quebra, e o juiz decreta falência. Aprovado o plano, ele é implementado e precisa ser seguido à risca.


 

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