22/10/2013 12h57 - Atualizado em 24/10/2013 22h32

Falar em privatização é desconhecer números do leilão de Libra, diz Dilma

Presidente defendeu o modelo de partilha que será praticado em Libra.
Ela discursou durante evento de sanção da lei do programa Mais Médicos.

Juliana BragaDo G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (22), durante discurso no Palácio do Planalto, que quem classifica como "privatização" o leilão do campo de petróleo de Libra, realizado na segunda (21), desconhece os números da operação.

No pronunciamento que fez em rede nacional de rádio e TV, na noite do dia anterior, ela já tinha dito que o leilão do pré-sal é "bem diferente" de privatização. Após o leilão, políticos de oposição, como o senador Aécio Neves, possível candidato a presidente da República, afirmaram que o governo reconheceu a "importância do investimento privado".

Aqueles que falam em privatização no mínimo desconhecem essas contas."
Presidente Dilma Rousseff sobre os números do leilão do Campo de Libra

"Esse campo [Libra] vai permitir de fato grandes recursos para a saúde e educação. Isso é algo absolutamente significativo para o Brasil. É bom lembrar que, nesse modelo de partilha,  União, estados e municípios ficam com 85% das receitas, se considerar também a Petrobras [...] Portanto, aqueles que falam em privatização no mínimo desconhecem essas contas", afirmou a presidente, durante evento no Palácio do Planalto em que sancionou a lei do programa Mais Médicos.

O vencedor do leilão do Campo de Libra foi o consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC. Único a apresentar proposta, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo, percentual mínimo fixado pelo governo no edital. Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União.

 

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