Cerca de 70 pessoas participaram nesta terça-feira (25) de um novo protesto em Santos, no litoral de São Paulo, para dar continuidade aos atos que tiveram início com o movimento Passe Livre, e que agora abrange as mais diversas reivindicações. Por volta das 19h, o grupo estava concentrado na Praça Independência, no bairro Gonzaga.
Carregando faixas criticando, entre outras coisas, a PEC 37, o grupo saiu da praça por volta das 19h25 e seguiu em direção à avenida da praia, no sentido Ponta da Praia. A manifestação foi pacífica, sem registro de atos de vandalismo. A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acompanharam a passeata por todo o trajeto.
máscaras (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
O grupo saiu do Gonzaga e por volta das 19h50 já estava no bairro Embaré. Os manifestantes seguiram pacificamente pela avenida da praia, onde o tráfego foi bloqueado para os carros. Os manifestantes andaram até o Aquário Municipal, e por volta das 20h30 já caminhavam na pista contrária, sentido São Vicente.
O grupo interditou por alguns minutos o cruzamento da Avenida Conselheiro Nébias com a orla da praia. Os manifestantes fizeram uma roda, sentaram e cantaram o hino nacional. A mesma cena se repetiu por volta das 21h50, quando o grupo parou em frente à Avenida Ana Costa, já sob uma chuva fraca. O grupo seguiu até a Praça Independência, local onde foi realizada a concentração, e às 22h finalizou a manifestação. Clique aqui e veja a galeria de fotos com imagens do protesto desta terça-feira (25).
Protestos na região
Os protestos na Baixada Santista começaram no dia 13 de junho. Em Santos, os manifestantes fecharam as ruas do centro contra o aumento das tarifas de ônibus. Os túneis ficaram fechados para a passagem dos jovens. No dia seguinte, os manifestantes deitaram no chão durante o protesto na Praça da Independência. No sábado (15), terceiro dia de protestos no município, as pesssoas se reuniram na avenida praia em Santos e seguiram em passeata em direção à divisa com São Vicente.
Praia Grande, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Na segunda-feira (17), ainda em Santos, os manifestantes saíram da Avenida Conselheiro Nébias e chegaram até a balsa. A avenida da praia ficou fechada nos dois sentidos e a polícia estima que, pelo menos, mil pessoas participaram do movimento. Um grupo que saiu de Guarujá se uniu aos manifestantes de Santos na travessia, bloqueando o serviço.
- Mesmo com chuva, manifestantes fazem novo protesto em Santos, SP
- Vândalos jogam pedras na polícia e despejam carga de soja na pista
- Policial é atingido por rojão durante manifestação em Praia Grande, SP
- Manifestantes fazem corrente humana no litoral para evitar vândalos
- Manifestantes de Santos 'deduram' vândalos sentando durante protesto
- Leia mais notícias da Baixada Santista e do Vale do Ribeira no G1
Já na terça-feira (18), os manifestantes se reuniram na porta do sindicato dos Bancários para discutir sobre o movimento em Santos. Houve outros protestos em São Vicente e Cubatão na terça-feira, onde prédios públicos foram depredados, lojas saqueadas e ônibus queimados.
Na quarta-feira (19), os protestos se concentraram em Guarujá, onde cerca de 50 pessoas partiram da Praça Horácio Lafer e caminharam até a Praça dos Emancipadores, no bairro Pitangueiras. Em São Vicente, houve uma onda de violência, vandalismo e saqueamento de estabelecimentos comerciais que se alastrou pela Área Continental da cidade e alguns bairros da região central. Esses atos não têm ligação com as reivindicações originadas pelo movimento Passe Livre.
Na sexta-feira (21), os protestos aconteceram em São Vicente e Peruíbe. Em São Vicente, cerca de 500 manifestantes partiram da Praça Tom Jobim, no bairro Biquinha, e foram em direção à divisa com Santos. Em Peruíbe, centenas de moradores se reuniram para protestar na cidade. Eles saíram da ferrovia e seguiram até a Câmara Municipal. Não houve registro de vandalismo.
(Foto: Nivaldo Tomazini/TV Tribuna)
Sábado (22), as manifestações ocorreram pela primeira vez em Praia Grande, reunindo duas mil pessoas. Um policial militar ficou ferido após ser atingido por um rojão durante o protesto. Uma viatura também teve o vidro quebrado com uma pedrada. Em Mongaguá, também houve protestos, com a participação de cerca de 300 pessoas. Um homem foi preso ao passar de moto por lojas da cidade mandando os comerciantes fecharem as portas, sob o risco de assaltos. Já em Guarujá, a manifestação ocorreu de forma pacífica, reunindo aproximadamente 500 pessoas.
Nesta segunda-feira (24), um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia em Cubatão (SP). A Rodovia Cônego Domênico Rangoni foi fechada e a situação estava pacífica por toda a manhã. Porém, vândalos começaram a jogar pedras na PM, colocaram fogo em pneus e despejaram a carga de um caminhão na pista. Em Santos, um grupo de cerca de 20 pessoas caminhou pelas ruas dos bairros Gonzaga e Boqueirão. A manifestação foi atrapalhada pela chuva, já que estava prevista a participação de cerca de 3 mil pessoas.
No Vale do Ribeira, as manifestações aconteceram em Registro, Miracatu, Iguape, Pedro de Toledo e Cajati.