25/06/2013 19h40 - Atualizado em 25/06/2013 19h52

Grupo protesta dentro da Câmara de Vereadores de Guarujá, SP

Valor da tarifa dos ônibus municipais caiu R$ 0,10 na cidade.
Cerca de 20 pessoas se reuniram no local.

Do G1 Santos

Grupo protesta em frente a Câmara de Vereadores de Guarujá, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Grupo protesta dentro da Câmara de Vereadores de Guarujá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Um grupo de manifestantes realizou um protesto na sessão da Câmara dos Vereadores de Guarujá, no litoral de São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). Não teve passeata, apenas manifestação dentro da Câmara. O valor da tarifa dos ônibus municipais caiu R$ 0,10 desde o início dos protestos.

Com cartazes os manifestantes pediam melhores condições no transporte público e em outros setores como saúde e educação. O grupo não saiu em passeata e se concentrou na Câmara de Vereadores. "A gente quer mudar o Brasil porque a nossa situação é muito difícil. A gente quer ter o melhor para a gente, para as crianças, para os adultos, os idosos", diz a estudante Alanis Marinho. O grupo pede melhoria em todos os setores. "Falta pediatra nas Upas, falta um transporte de qualidade para os munícipes, falta segurança, policiamente na cidade", conta o autônomo Marcelo Cardoso.

Na sessão da Câmara na tarde desta terça-feira, os vereadores falaram justamente sobre o problema do transporte publico na cidade. Para os manifestantes, a diminuição da tarifa do ônibus que em Guarujá  passou de 2,90 para 2,80  não é o suficiente. "Isso veio da presidente Dilma, que reduziu R$ 0,08, e acabaram reduzindo para R$ 0,10. Isso não é o suficente", afirma o advogado Diego Scarpa.

Grupo protesta dentro da Câmara de Vereadores de Guarujá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Grupo levou cartazes para o protesto
(Foto: Reprodução/TV Tribuna)

O presidente da Câmara dos Vereadores da cidade Marcelo Squassoni falou sobre o assunto. "Existe a possibilidade de um novo estudo para reduzir em cima do ISS, que tem mais 2,5%. Acho que isso é possível, mas nós temos que ter responsabilidade, e a maturidade suficiente para entender que quando a gente deixa de receber uma receita, a gente desequilibra o município", explica.

Em Santos, cerca de 50 pessoas se reuniram na Praça da Independência para realizar uma nova passeata nesta terça-feira (25). O grupo segui pela avenida da praia, sentido bairro Ponta da Praia.
 

Protestos na região
Os protestos na Baixada Santista começaram no dia 13 de junho. Em Santos, os manifestantes fecharam as ruas do centro contra o aumento das tarifas de ônibus. Os túneis ficaram fechados para a passagem dos jovens. No dia seguinte, os manifestantes deitaram no chão durante o protesto na Praça da Independência. No sábado (15), terceiro dia de protestos no município, as pesssoas se reuniram na avenida praia em Santos e seguiram em passeata em direção à divisa com São Vicente.

Na segunda-feira (17), ainda em Santos, os manifestantes saíram da Avenida Conselheiro Nébias e chegaram até a balsa. A avenida da praia ficou fechada nos dois sentidos e a polícia estima que, pelo menos, mil pessoas participaram do movimento. Um grupo que saiu de Guarujá se uniu aos manifestantes de Santos na travessia, bloqueando o serviço.

Já na terça-feira (18), os manifestantes se reuniram na porta do sindicato dos Bancários para discutir sobre o movimento em Santos. Houve outros protestos em São Vicente e Cubatão na terça-feira, onde prédios públicos foram depredados, lojas saqueadas e ônibus queimados.

Na quarta-feira (19), os protestos se concentraram em Guarujá, onde cerca de 50 pessoas partiram da Praça Horácio Lafer e caminharam até a Praça dos Emancipadores, no bairro Pitangueiras. Em São Vicente, houve uma onda de violência, vandalismo e saqueamento de estabelecimentos comerciais que se alastrou pela Área Continental da cidade e alguns bairros da região central. Esses atos não têm ligação com as reivindicações originadas pelo movimento Passe Livre.

Manifestantes durante protesto em Santos, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Manifestantes durante protesto em Santos
(Foto: Ivair Vieira Jr/G1)

Na sexta-feira (21), os protestos aconteceram em São Vicente e Peruíbe. Em São Vicente, cerca de 500 manifestantes partiram da Praça Tom Jobim, no bairro Biquinha, e foram em direção à divisa com Santos. Em Peruíbe, centenas de moradores se reuniram para protestar na cidade. Eles saíram da ferrovia e seguiram até a Câmara Municipal. Não houve registro de vandalismo.

Sábado (22), as manifestações ocorreram pela primeira vez em Praia Grande, reunindo duas mil pessoas. Um policial militar ficou ferido após ser atingido por um rojão durante o protesto. Uma viatura também teve o vidro quebrado com uma pedrada. Em Mongaguá, também houve protestos, com a participação de cerca de 300 pessoas. Um homem foi preso ao passar de moto por lojas da cidade mandando os comerciantes fecharem as portas, sob o risco de assaltos. Já em Guarujá, a manifestação ocorreu de forma pacífica, reunindo aproximadamente 500 pessoas.

Nesta segunda-feira (24), um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia em Cubatão (SP). A Rodovia Cônego Domênico Rangoni foi fechada e a situação estava pacífica por toda a manhã. Porém, vândalos começaram a jogar pedras na PM, colocaram fogo em pneus e despejaram a carga de um caminhão na pista. Em Santos, um grupo de cerca de 20 pessoas caminhou pelas ruas dos bairros Gonzaga e Boqueirão. A manifestação foi atrapalhada pela chuva, já que estava prevista a participação de cerca de 3 mil pessoas.

No Vale do Ribeira, as manifestações aconteceram em Registro, Miracatu, Iguape, Pedro de Toledo e Cajati.

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