A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou nesta quarta-feira (26) que decidiu adiar o reajuste das tarifas do transporte interestadual e internacional de passageiros - um dos componentes do cálculo das passagens de ônibus.
Segundo a ANTT, o percentual só será concedido após o término das negociações com as empresas permissionárias que operam as 2.652 linhas de ônibus de longo curso no país.
Pelas regras de contrato, a revisão tarifária das viagens de longa distância estava marcada para 1º de julho e a do transporte semiurbano para 1º de agosto. A agência não informou, no entanto, de quanto seria o reajuste.
Segundo a ANTT, o cálculo do coeficiente tarifário leva em conta a variação do preço do diesel, dos salários e da inflação. Além destes componentes, o reajuste das passagens considera ainda o preços dos pedágios e impostos municipais e estaduais.
"Encontram-se em andamento os estudos para atualizar os custos do setor, manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e garantir tarifa mais justa ao usuário desse serviço", informou a agência.
O anúncio ocorre em meio aos protestos que ocorrem no país que, entre outros pontos, criticam os custos e a qualidade dos transportes urbanos no país. As manifestações já fizeram governos e prefeituras congelar reajustes. Nessa semana, o governo paulista também anunciou o cancelamento dos reajustes dos pedágios nas rodovias estaduais previstos para este ano.
Em 2012, reajuste foi de 2,77%
Em 1º de julho do ano passado, a ANTT autorizou reajuste de 2,77% nas tarifas de ônibus interestaduais e internacionais.
Na ocasião, a agência listou os novos coeficientes tarifários (CT) em R$ por passageiro, que são multiplicados pelos quilômetros percorridos. Por exemplo, para o transporte interestadual com serviço convencional (com sanitário), com pavimento tipo I (há vários tipos, como pavimentado, implantado ou leito natural), o coeficiente atual é de 0,126232.
Para se chegar ao valor da passagem, por passageiro, deve-se multiplicar a distância da linha pelo valor constante na tabela, levando-se em consideração o tipo de pavimento e o tipo de serviço. Após esse cálculo, a agência explica que devem ser adicionados, ainda, a tarifa de embarque específica do terminal, o ICMS estadual incidente sobre a tarifa e o rateio do pedágio, quando houver, por passageiro.