02/09/2013 15h52 - Atualizado em 02/09/2013 16h21

Dólar alto ainda não impactou balança comercial, diz governo

Avaliação é do secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho.
No curto prazo, tendência é de queda das importações, acrescentou ele.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O dólar alto, que barateia as exportações e torna as compras feitas no exterior mais caras, ainda não impactou o saldo da balança comercial brasileira, segundo avaliação feita nesta segunda-feira (2) pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho.

"Nossos números não confirmam nenhum impacto do câmbio ainda na balança comercial. Há indícios. Precisamos de dados mais globais até o fim do ano", declarou ele. Em agosto, o saldo comercial, positivo em US$ 1,22 bilhão, foi o pior para este mês desde 2001 - quando foi registrado um superávit de US$ 634 milhões

Godinho acrescentou que, se o câmbio se mantiver no patamar atual [cerca de R$ 2,37] é "possível" que isso impacte positivamente o saldo da balança comercial brasileira que, em sua visão, pode ficar ligeiramente superavitário em 2013. No ano passado, as exportações foram maiores do que as compras do exterior em US$ 29,79 bilhões.

"No curto prazo, há tendência de redução de importação de bens de consumo. No médio prazo, a tendência é de aumento das exportações. Esses fenômenos ainda não foram claramente identificados. O movimento no câmbio [alta do dólar] é muito recente. Só poderemos confirmar nos proximos meses do ano", afirmou o secretário.

Conta petróleo
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento avaliou ainda que a tendência é de melhora da chamada "conta petróleo" (que registra as importações e exportações de petróleo e combustíveis) nos próximos meses.

"Esperamos, para os próximos meses, aumento das exportações de petróleo e redução das importações. Haverá uma melhora na conta petróleo. Parte da produção será refinada dentro do país [diminuindo as compras do exterior de combustíveis também]. Trabalhamos com essa expectativa. Não podemos afirmar que isso ocorrerá", declarou ele.

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