Por volta das 16 horas desta quarta-feira (26) os manifestantes começaram a se concentrar na Praça do Santuário para a segunda manifestação de Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. Cerca de dois mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, começaram o percurso por volta das 17 horas cantando o hino nacional e fazendo apitaço. Para o protesto, o policiamento foi reforçado. “Estamos com mais militares nas ruas por uma questão de prudência. Prevenção nunca é demais. Mesmo que a última tenha sido pacífica achamos por bem reforçar o policiamento para garantir ao cidadão direito de manifestação com segurança", ressaltou o capitão da PM, Jocimar Santos. Este é o segundo manifesto da cidade. O primeiro ocorreu no último dia 19 de junho.
Diferente do último protesto, desta vez os manifestantes preferiram passar pela Rua São Paulo e se concentraram em frente à Câmara Municipal. Após a rápida passada, seguiram pela Avenida 1º de Junho e, depois, pela Rua Goiás. A partir deste trajeto, eles seguiram para a Avenida Sete de Setembro até a Pernambuco e, pararam em frente à Prefeitura. No local eles pediram para o prefeito, Vladimir Azevedo, deixar o cargo. Para chamar a atenção, os manifestantes usaram apitos, foguetes, baterias e muitas bandeiras, além de um carro de som.
O comércio foi fechado, mas assim como na primeira manifestação, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) não estipulou regras para que os estabelecimentos fechassem durante a passeata.
manifesto (Foto: Anna Lúcia/G1)
Alguns jovens saíram direto da escola direto para o protesto. "Precisamos lutar pelo que acreditamos e por isso estamos aqui e vamos lutar por todas as melhorias que reivindicamos", disse a estudante de 17 anos, Juliana Nogueira.
Por meio de uma carta, a Polícia Militar (PM) pediu colaboração aos manifestantes para uma movimentação pacífica: “a causa é justa e legítima, portanto, colabore na preservação da ordem pública e na promoção da paz social. Preserve sua integridade física e dos demais manifestantes”.
Os manifestantes reivindicam redução no preço das tarifas do transporte público, melhorias na saúde, educação, segurança, ações contra a homofobia, entre outras. Contudo, desta vez a manifestação contra a homofobia ganhou força.
O militante do movimento gay de Divinopolis esteve presente com um grupo de amigos. Eles querem saber como será a "cura gay". "Estamos indignados, pois nao há cura, trata-se de uma orientação que cabe a cada um essa escolha. É preciso e queremos respeito. Não queremos ser mudados", comentou Adan Pitter.
No primeiro protesto pacífico, realizado na última quarta-feira, trabalhadores, estudantes e profissionais da saúde e da segurança percorreram as principais ruas do Centro da cidade e, por onde passavam, mais pessoas aderiram ao movimento. Em frente à Prefeitura, eles chegaram a pedir para que o prefeito de Divinópolis deixasse o cargo.
O protesto terminou às 19h30 da noite.