A máquina parada no campo é um sinal da chuva.
Roberto Rossetti planta cana em 400 hectares em Ribeirão Preto, nordeste de São Paulo. A maior parte da produção já foi colhida, mas a umidade do solo paralisou as operações esta semana.
Além de atrasar a colheita, a chuva neste período da safra faz diminuir a concentração de açúcar na cana. Segundo a Unica, União da Indústria da Cana-de-Açúcar, o ano passado, as usinas registraram 135 quilos de atr por tonelada. Este ano, os números devem fechar com 3 quilos a menos.
A preocupação dos produtores é que isso possa influenciar ainda mais no preço pago por tonelada. Roberto conta que o valor recebido pela tonelada de cana caiu de R$ 66 o ano passado para R$ 60. “Estamos conseguindo manter boa produtividade, mas os preços estão deixando a desejar”, diz.
Do início do mês até agora, a moagem na região Centro-Sul chegou a 31 milhões de toneladas, queda de quase 18% em relação ao mesmo período do ano passado.