23/10/2013 13h06 - Atualizado em 23/10/2013 18h17

Petroleiros indicam fim de greve na Petrobras

Categoria está parada desde quinta-feira.
Petrobras propôs reajuste de 8,56% e não punirá grevistas, diz a FUP.

Do G1, em São Paulo

Os trabalhadores da Petrobras começaram a aprovar, em assembleias nesta quarta-feira (23), a proposta apresentada pela estatal para pôr fim à greve da categoria. Os petroleiros estão em greve desde quinta-feira.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), algumas bases de trabalho já estão aprovando o fim da paralisação. Nessas localidades, os trabalhadores estão voltando ao trabalho já nas próximas trocas de turnos.

Na terça-feira, segundo a FUP, a Petrobras apresentou proposta que inclui reajuste na tabela da remuneração mínima por nível e regime de 8,56%. A categoria chegou a pedir reajuste de 12,86%, com 5% de ganho real. A estatal, também segundo a federação, se comprometeu a não punir os trabalhadores que entraram em greve.

Em Duque de Caxias (RJ), os indicativos foram aprovados por unanimidade em assembleia unificada com os trabalhadores da Reduc, Termorio e Terminal Campos Elíseos (Transpetro), informou a FUP em seu site. Na Replan, em Paulínia (SP), e na Recap, em Mauá, o indicativo da federação teve mais de 80% de aceitação.

Aproximadamente 900 petroleiros protestaram na manhã desta quinta-feira (17), em Araucária. (Foto: Divulgação/ Sindipetro)Aproximadamente 900 petroleiros protestaram em
Araucária (PR). (Foto: Divulgação/ Sindipetro)

Nas demais bases do Sindipetro Unificado-SP, as assembleias também já foram concluídas nos terminais de Guararema, São Caetano do Sul, Guarulhos e Barueri, além dos escritórios da Petrobrás (Edisp I e II). Até o momento, mais de 70% dos trabalhadores foram favoráveis à aceitação da proposta e à suspensão da greve, segundo a FUP.

Na Regap e na Usina de Biodiesel de Montes Claros, em Minas Gerais, os trabalhadores também aprovaram a suspensão da greve e aceitação da proposta, assim como nas bases do Amazonas, onde ampla maioria dos trabalhadores aceitou os indicativos da federação.

Na Bahia, os petroleiros também já concluíram as assembleias e aprovaram o fim da greve, com suspensão do movimento às 19 horas, e o indicativo de aceitação da proposta.

No Espírito Santo, os trabalhadores aprovaram a suspensão da greve e, a partir de quinta-feira (24) iniciam assembleias para avaliar a proposta conquistada.

Em Pernambuco, as assembleias já foram realizadas no escritório da Petrobrás em Recife (Center II), com aprovação do acordo conquistado e suspensão da greve.

No Paraná e em Santa Catarina, as assembleias também já foram concluídas e o acordo aprovado, suspendendo a greve. Os petroleiros já retornaram ao trabalho na SIX e em vários terminais da Transpetro. Na Repar e nos terminais de Itajaí e Guaramirim, o retorno será  na quinta, pela manhã.

No Rio Grande do Sul, as assembleias termnaram na tarde desta quarta. Nos terminais da Transpetro, os petroleiros do Treig e do Tenit já retornaram ao trabalho e no Tedut, a greve será suspensa à meia noite. Os petroleiros da Refap aprovaram o acordo e voltam ao trabalho na quinta.

Outras assembleias ocorrerão ao longo do dia e na quinta-feira nas unidades da estatal.

Proposta
Segundo a FUP, "a nova proposta apresentada pela Petrobras e subsidiárias considerou que os avanços conquistados após seis dias de greve contemplam as principais reivindicações da categoria".

Segundo a FUP, a greve paralisou o trabalho em refinarias, plataformas, térmicas e divisões administrativas, entre outras, segundo a assessoria de imprensa.

Procurada pela Reuters, a Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir suas operações de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado".

Questionada, a companhia não detalhou imediatamente quais foram as unidades mais afetadas.

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