23/10/2013 17h19 - Atualizado em 23/10/2013 17h50

Bovespa fecha em queda de quase 2%, após três altas seguidas

Ibovespa recuou 1,81%, para 55.440 pontos.
Vale, bancos e OGX puxaram queda do índice.

Do G1, em São Paulo

A Bovespa interrompeu sequência de três altas nesta quarta-feira, pressionada pelas ações da mineradora Vale , de bancos e da OGX, conforme investidores aproveitaram a queda dos principais mercados acionários globais para embolsar lucros das últimas sessões.

O Ibovespa recuou 1,81%, para 55.440 pontos. Veja cotação

Na semana, a bolsa acumula queda de 0,11% e no ano, de 9,04%. No mês de outubro, no entanto, o desempenho é de alta de 5,93%.

"O movimento de hoje é um pouco em cima do que aconteceu na Europa, já que o Banco Central Europeu (BCE) está preocupado com os bancos, e também tem a questão da liquidez na China. O mercado subiu muito na última semana e nos últimos dois dias, então pegou essa onda e está realizando aqui", afirmou è Reuters o superintendente da CGD Secutiries, Raffi Dokuzian.

Na terça-feira, um conselheiro de política do Banco do Povo da China, banco central do país, disse que a autoridade pode apertar as condições de crédito no sistema financeiro para lidar com os riscos de inflação no país, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.

As ações da exportadora Vale apareceram entre as maiores influências negativas sobre o Ibovespa.

Na Europa, o BCE votou para submeter os principais bancos da zona do euro a uma série de testes no próximo ano, em uma revisão que busca fortalecer a confiança no setor. Contudo, alguns analistas afirmaram que, caso os testes revelem grandes problemas inesperados em alguns bancos, isso poderia minar a confiança que o BCE pretende elevar.

Ações
Por aqui, o Ibovespa foi derrubado principalmente por ações de empresas de metais e bancos. Além da Vale, Itaú Unibanco, Bradesco e Gerdau apareceram entre as principais pressões de baixa. Outro destaque negativo foi o papel da petroleira OGX, a maior queda, de 9,3%, segundo dados preliminares.

As ações da Fibria recuaram, após a fabricante de celulose divulgar lucro de R$ 57 milhões entre julho e setembro, revertendo prejuízo de mais de R$ 200 milhões um ano antes, mas abaixo da expectativa média de R$ 133 milhões em uma pesquisa da Reuters com seis analistas.

As ações preferenciais da Petrobras perderam força, após a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, afirmar que a estatal tem recursos em caixa para pagar a sua parte no bônus de assinatura da reserva de Libra sem a necessidade de reajuste de combustíveis e sem aporte do Tesouro Nacional.

Na contramão do restante do mercado, Embraer subia cerca de 3%.

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