Manifestantes se concentraram na Praça do Centenário, no bairro do Farol, em Maceió e seguem em direção ao Palácio do Governo, no Centro. De acordo com o major Alexandre, da Polícia Militar, há cerca de mil pessoas participando do protesto. Eles pedem a redução da tarifa de ônibus que hoje é de R$ 2,30 para R$ 2,10, mudança e melhoras no transporte coletivo, passe livre para estudantes e desempregados.
A cantora Regina de fatima participa pela primeira vez da manifestação. "Vim com o povo brasileiro. todo mundo deve fazaer o seu papel. Vim fazaer o meu por um país melhor, por uma Alagoas melhor", diz.
Há outras bandeiras levantadas no protesto como a do Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP) que é contra a "Cura Gay", projeto que derruba uma resolução que proíbe profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e tratar como doença a homossexualidade, proposta pelo deputado João Campos (PSDB-GO), e a contratação de médicos estrangeiros para atuarem pelo SUS no Brasil.
"É um absurdo o que a presidente Dilma está fazando. Nós queremos que os médicos sejam valorizados. E a proposta da Cura gay é um absurdo, um despropósito", afirma a presidente do CRP, Isolda Araújo.
O Movimento Social Via do Trabalho, que ocupa um terreno no conjunto Jardim Petrópolis há um mês, na parte alta da capital, também está presente na manifestação. Eles pedem a posse do terreno. "Hoje estamos fazendo aniversário de um mês no local. Já entregamos uma lista com mais de 9 mil famílias cadastradas ao prefeito Rui Palmeira (PSDB)", diz Maria Ivone, uma das líderes do movimento.
Há protestos em várias cidades do Brasil. Acompanhe pelo G1 em tempo real.
a Smtt (Foto: Michelle Farias/G1)
Protestos
Na quarta-feira (26), cerca de 400 manifestantes, segundo a SMTT, bloquearam os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima. Eles se concentraram também na Praça do Centenário e foram até ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa).
Por volta das 18h, por pouco não acontece uma tragédia. Um policial à paisana furou o bloqueio e os manifestantes foram para cima do carro dele. O sargento da PM estava armado e muito exaltado, mas seus colegas que trabalhavam no protesto conseguiram acalmar a situação. O protesto proseguiu e acabou por volta das 20h em frente ao Palácio do Governo, no centro de Maceió.
No dia 20 de junho, houve a maior manifestação em Maceió. Cerca de 15 mil pessoas fora às ruas da capital alagoana para levantar várias bandeiras, uma delas era contra a PEC 37, que caiu esta semana após votação na Câmara dos Deputados.
Os manifestantes seguiram em caminhada pelas ruas do Centro e depois um grupo foi para o bairro do Farol, onde bloquearam a Avenida Fernandes Lima nos dois sentidos, e o outro seguiu para a orla da capital. O protesto terminou em frente ao prédio do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB).
O segundo dia de protesto aconteceu na segunda-feira (17). O ponto de encontro foi o mesmo, Praça do Centenário. De acordo com a Polícia Militar, a manifestação reuniu cerca de 3 mil pessoas. Mas o protesto não acabou bem.
Um adolescente de 16 anos foi atingido por um tiro no rosto. Tudo ocorreu após dois funcionários da Superintendência de Energia e Iluminação Pública de Maceió (Sima) furarem o bloqueio dos manifestantes. Houve tumulto Josenildo dos Santos Lima, que dirigia o carro, saiu armado e fez os disparos de arma de fogo. Ele já prestou depoimento e confessou que fez um disparo, mas não atirou no rapaz. Ele e o outro servidor estão afastados de suas funções até que a polícia conclua o inquérito.
Durante o primeiro dia de protesto, que aconteceu no dia (13), estudantes se concentraram em frente à Transpal, na Avenida Buarque de Macedo, e saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital. A principal reivindicação no momento foi o aumento da tarifa de ônibus que estava sendo discutido entre as empresas de transporte coletivo. O aumento proposto era de R$ 2,30 para R$ 2,85. A questão está na Justiça e o resultado deve sair no dia 1º de julho, mas o prefeito Rui Palmeira e o governador teotonio Vilela já disseram que vão reduzir impostos das empresas para evitar o aumento.