27/06/2013 16h31 - Atualizado em 27/06/2013 17h09

Maceió tem mais um dia de protestos por melhorias nos serviços públicos

Várias bandeiras são levantadas em mais um dia de manifestação.
Contratação de médicos estrangeiros e "Cura Gay" estão na pauta.

Do G1 AL

Manifestantes se concentraram na Praça do Centenário, no bairro do Farol, em Maceió e seguem em direção ao Palácio do Governo, no Centro. De acordo com o major Alexandre, da Polícia Militar, há cerca de mil pessoas participando do protesto. Eles pedem a redução da tarifa de ônibus que hoje é de R$ 2,30 para R$ 2,10, mudança e melhoras no transporte coletivo, passe livre para estudantes e desempregados.

27 AL Jovens se reúnem na Praça do Centenário para mais um dia de protestos em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)Jovens se reúnem na Praça do Centenário para mais um dia de protestos em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

A cantora Regina de fatima participa pela primeira vez da manifestação. "Vim com o povo brasileiro. todo mundo deve fazaer o seu papel. Vim fazaer o meu por um país melhor, por uma Alagoas melhor", diz.

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27 AL Jovens pintam rostos para manifestação em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1) Jovens pintam rostos para manifestação em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

Há outras bandeiras levantadas no protesto como a do Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP) que é contra a "Cura Gay", projeto que derruba uma resolução que proíbe profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e tratar como doença a homossexualidade, proposta pelo deputado João Campos (PSDB-GO), e a contratação de médicos estrangeiros para atuarem pelo SUS no Brasil.

"É um absurdo o que a presidente Dilma está fazando. Nós queremos que os médicos sejam valorizados. E a proposta da Cura gay é um absurdo, um despropósito", afirma a presidente do CRP, Isolda Araújo.

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27 AL Manifestantes exibem cartaz contra cura gay (Foto: Jonathan Lins/G1) Manifestantes exibem cartaz contra "Cura Gay". (Foto: Jonathan Lins/G1)

O Movimento Social Via do Trabalho, que ocupa um terreno no conjunto Jardim Petrópolis há um mês, na parte alta da capital, também está presente na manifestação. Eles pedem a posse do terreno. "Hoje estamos fazendo aniversário de um mês no local. Já entregamos uma lista com mais de 9 mil famílias cadastradas ao prefeito Rui Palmeira (PSDB)", diz Maria Ivone, uma das líderes do movimento.

Há protestos em várias cidades do Brasil. Acompanhe pelo G1 em tempo real.

Protesto reuniiu cerca de 400 pessoas, segundo a Smtt (Foto: Michelle Farias/G1)Protesto reuniiu cerca de 400 pessoas, segundo
a Smtt (Foto: Michelle Farias/G1)

Protestos
Na quarta-feira (26), cerca de 400 manifestantes, segundo a SMTT, bloquearam os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima. Eles se concentraram também na Praça do Centenário e foram até ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa).

Por volta das 18h, por pouco não acontece uma tragédia. Um policial à paisana furou o bloqueio e os manifestantes foram para cima do carro dele. O sargento da PM estava armado e muito exaltado, mas seus colegas que trabalhavam no protesto conseguiram acalmar a situação. O protesto proseguiu e acabou por volta das 20h em frente ao Palácio do Governo, no centro de Maceió.

No dia 20 de junho, houve a maior manifestação em Maceió. Cerca de 15 mil pessoas fora às ruas da capital alagoana para levantar várias bandeiras, uma delas era contra a PEC 37, que caiu esta semana após votação na Câmara dos Deputados.

Protesto do dia 17 desceu pela Ladeira dos Martírios (Foto: Jonathan Lins/G1)Protesto do dia 17 desceu pela Ladeira dos Martírios (Foto: Jonathan Lins/G1)

Os manifestantes seguiram em caminhada pelas ruas do Centro e depois um grupo foi para o bairro do Farol, onde bloquearam a Avenida Fernandes Lima nos dois sentidos, e o outro seguiu para a orla da capital. O protesto terminou em frente ao prédio do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB).

O segundo dia de protesto aconteceu na segunda-feira (17). O ponto de encontro foi o mesmo, Praça do Centenário. De acordo com a Polícia Militar, a manifestação reuniu cerca de 3 mil pessoas. Mas o protesto não acabou bem.

Um adolescente de 16 anos foi atingido por um tiro no rosto. Tudo ocorreu após dois funcionários da Superintendência de Energia e Iluminação Pública de Maceió (Sima) furarem o bloqueio dos manifestantes. Houve tumulto  Josenildo dos Santos Lima, que dirigia o carro, saiu armado e fez os disparos de arma de fogo. Ele já prestou depoimento e confessou que fez um disparo, mas não atirou no rapaz. Ele e o outro servidor estão afastados de suas funções até que a polícia conclua o inquérito.

Jovem foi baleado no rosto por funcionário da Sima (Foto: Waldson Costa/ G1)Jovem foi baleado no rosto por funcionário da Sima (Foto: Waldson Costa/ G1)

Durante o primeiro dia de protesto, que aconteceu no dia (13), estudantes se concentraram em frente à Transpal, na Avenida Buarque de Macedo, e saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital. A principal reivindicação no momento foi o aumento da tarifa de ônibus que estava sendo discutido entre as empresas de transporte coletivo. O aumento proposto era de R$ 2,30 para R$ 2,85. A questão está na Justiça e o resultado deve sair no dia 1º de julho, mas o prefeito Rui Palmeira e o governador teotonio Vilela já disseram que vão reduzir impostos das empresas para evitar o aumento.

 

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