Um grupo com cerca de 50 pessoas está realizando um protesto pelas ruas da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, na noite desta sexta-feira (28). Entre as reinvidicações está o passe livre, melhorias no transporte, educação e saúde. Os manifestantes são acompanhados pela Polícia Militar e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Os manifestantes, na maioria jovens, se encontraram na Praça Mauá, no Centro da cidade, e por volta das 18h20 saíram em passeata pelas ruas da cidade, e tem como destino o Hospital dos Estivadores. O grupo segue atrás de um carro de som, que organiza os gritos de protesto, e também carrega cartazes e utiliza apitos. Entre os gritos estava um contra a realização da Copa. "Da Copa, da Copa, da Copa eu abro mão. Eu quero mais dinheiro para saúde e educação".
(Foto: Leandro Campos/G1)
Os manifestantes fazem críticas ao prefeito da cidade Paulo Alexandre Barbosa (PSBD), e também ao governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB). Para o prefeito da cidade os manifestantes gritavam duas frases. "Barbosa, você não me engana, é capacho da Piracicabana" e "Barbosa, seu animal, devolve para o povo o nosso hospital".
Além do passe livre para estudantes na cidade, o grupo pede a não obrigatoriedade do cartão transporte, e também a redução da tarifa. Os organizadores do protesto dizem que a manifestação é realizada pelos trabalhadores, estudantes e também integrantes do PSTU.
A avenida Conselheiro Nébias chegou a ficar interditada nos dois sentidos, para a passagem dos manifestantes. O grupo segue para avenida Ana Costa, onde o protesto deve ser finalizado em frente ao Centro Estudantil, próxima a rua Pedro Américo.
Protestos na região
Os protestos na Baixada Santista começaram no dia 13 de junho. Em Santos, os manifestantes fecharam as ruas do Centro contra o aumento das tarifas de ônibus. Os túneis ficaram fechados para a passagem dos jovens. No dia seguinte, os manifestantes deitaram no chão durante o protesto na Praça da Independência. No sábado (15), terceiro dia de protestos no município, as pesssoas se reuniram na avenida praia em Santos e seguiram em passeata em direção à divisa com São Vicente.
Praia Grande, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Na segunda-feira (17), ainda em Santos, os manifestantes saíram da Avenida Conselheiro Nébias e chegaram até a balsa. A avenida da praia ficou fechada nos dois sentidos e a polícia estima que, pelo menos, mil pessoas participaram do movimento. Um grupo que saiu de Guarujá se uniu aos manifestantes de Santos na travessia, bloqueando o serviço.
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Já na terça-feira (18), os manifestantes se reuniram na porta do sindicato dos Bancários para discutir sobre o movimento em Santos. Houve outros protestos em São Vicente e Cubatão na terça-feira, onde prédios públicos foram depredados, lojas saqueadas e ônibus queimados.
Na quarta-feira (19), os protestos se concentraram em Guarujá, onde cerca de 50 pessoas partiram da Praça Horácio Lafer e caminharam até a Praça dos Emancipadores, no bairro Pitangueiras. Em São Vicente, houve uma onda de violência, vandalismo e saqueamento de estabelecimentos comerciais que se alastrou pela Área Continental da cidade e alguns bairros da região central. Esses atos não têm ligação com as reivindicações originadas pelo movimento Passe Livre.
Na sexta-feira (21), os protestos aconteceram em São Vicente e Peruíbe. Em São Vicente, cerca de 500 manifestantes partiram da Praça Tom Jobim, no bairro Biquinha, e foram em direção à divisa com Santos. Em Peruíbe, centenas de moradores se reuniram para protestar na cidade. Eles saíram da ferrovia e seguiram até a Câmara Municipal. Não houve registro de vandalismo.
(Foto: Nivaldo Tomazini/TV Tribuna)
Sábado (22), as manifestações ocorreram pela primeira vez em Praia Grande, reunindo duas mil pessoas. Um policial militar ficou ferido após ser atingido por um rojão durante o protesto. Uma viatura também teve o vidro quebrado com uma pedrada. Em Mongaguá, também houve protestos, com a participação de cerca de 300 pessoas. Um homem foi preso ao passar de moto por lojas da cidade mandando os comerciantes fecharem as portas, sob o risco de assaltos. Já em Guarujá, a manifestação ocorreu de forma pacífica, reunindo aproximadamente 500 pessoas.
Nesta segunda-feira (24), um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia em Cubatão (SP). A Rodovia Cônego Domênico Rangoni foi fechada e a situação estava pacífica por toda a manhã. Porém, vândalos começaram a jogar pedras na PM, colocaram fogo em pneus e despejaram a carga de um caminhão na pista. Em Santos, um grupo de cerca de 20 pessoas caminhou pelas ruas dos bairros Gonzaga e Boqueirão. A manifestação foi atrapalhada pela chuva, já que estava prevista a participação de cerca de 3 mil pessoas.
Nesta terça-feira (25) cerca de 70 pessoas participaram de um novo protesto em Santos, no litoral de São Paulo, para dar continuidade aos atos que tiveram início com o movimento Passe Livre, e que agora abrange as mais diversas reivindicações. Por volta das 19h, o grupo estava concentrado na Praça Independência, no bairro Gonzaga.
Na quarta-feira (26), pela segunda vez na semana, os moradores de Itanhaém, no litoral de São Paulo, se reuniram para protestar. O grupo se concentrou em frente à prefeitura da cidade, pedindo melhorias na educação, saúde e transporte público. Já em Bertioga, os moradores realizaram uma passeata pelas ruas da cidade.
Já nesta quinta-feira (27), os protestos foram realizados em Santos e São Vicente. Mais de 10 pessoas se reuniram na praça da Independência em Santos para protestar contra o projeto "Ato Médico". O grupo seguiu pela avenida da praia até o canal 1, e fez o caminho contrário para finalizar o protesto. Em São Vicente os estudantes fizeram a manifestação dentro da Câmara dos Vereadores, e pediram o passe livre para nos ônibus intermunicipais e também nas lotações, que realizam o transporte na cidade.
No Vale do Ribeira, as manifestações aconteceram em Registro, Miracatu, Iguape, Pedro de Toledo e Cajati.