A economia cearense, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos, cresceu 3,95% no segundo trimestre de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Segundo os números divulgados, o PIB do Ceará superou a média nacional, que foi de 3,3% no período. As taxas do PIB dos últimos quatro trimestres mostram um crescimento de 3,38% para o Ceará e 1,8% para o Brasil. O PIB trimestral é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo.
Entenda como é calculado o PIB
Segundo o Ipece, com o resultado do segundo trimestre deste ano, o Ceará obteve um total de treze trimestres consecutivos acima da média nacional. O desempenho gerou a terceira maior participação da história do Ceará em relação ao PIB nacional, desde 1939, com 2,16%, sendo superado apenas pelos anos de 1965, quando a taxa ficou em 2,21% , e em 1964, com 2,19%. “Na história recente, desde 1987, atingimos a maior participação do PIB nacional”, comemora o economista Flávio Ataliba, diretor geral do Ipece.
Os números do PIB foram estimados com base nos resultados de três setores: indústria, serviços e agropecuária. O trabalho do Ipece revela, por exemplo, que o setor industrial do Ceará apresentou, no segundo trimestre de 2013, o melhor desempenho, fechando com crescimento de 7,59%, com destaque para o segmento “extrativa mineral”, com incremento de 60,3%. O resultado do setor industrial cearense ficou bem acima do apresentado pelo Brasil, de 2,8 por cento no mesmo período. Este resultado, segundo Flávio Ataliba, "alavancou" o crescimento da economia do Estado.
Já o setor agropecuário do Ceará apresentou o segundo melhor resultado, evoluindo 5,97%, bem abaixo do desempenho do PIB nacional, que ficou em 13%. O desempenho ruim é consequência direta da falta de chuvas no Estado, que atingiu também toda a região Nordeste. Já o setor de serviço cresceu 3,69%, ficando acima da média nacional no período, que foi de 2,4%. O destaque vai para o segmento transporte, com 9,65%, o que apresentou maior resultado no setor de serviços, seguido por “alojamento e alimentação”, com 3,66%; “outros serviços”, com 3,53%, e “comércio”, com 3,47%.
