28/06/2013 16h14 - Atualizado em 28/06/2013 16h15

Servidores tomam prédio do IPM em Ribeirão e protestam contra dívidas

Grupo pede exoneração do superintendente do Instituto de Previdência.
Prefeitura tenta negociação entre as partes em reunião nesta sexta (28).

Do G1 Ribeirão e Franca

Servidores do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) de Ribeirão Preto (SP) estão desde a manhã desta sexta-feira (28) em frente à sede do instituto em protesto contra dívidas da Prefeitura e do próprio IPM aos pensionistas. Além dos débitos, o grupo - que tomou as chaves do prédio e paralisou atendimento no local - pede a saída do superintendente Luiz Carlos Teixeira, e de todos os outros diretores que ocupam cargos comissionados do IPM. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão, Wagner Rodrigues, uma reunião foi marcada na tarde desta sexta na Secretaria de Administração para que haja tentativa de acordo entre as partes.

A assessoria de imprensa da Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.

A principal reivindicação, segundo Rodrigues, é a saída de Teixeira, que não se enquadra na categoria de servidor público. "O superintendente é um cargo de comissão, e sabemos que a prefeita coloca quem quiser lá. Mas ele não é um servidor. Queremos um servidor como superintendente do IPM. O instituto não é uma secretaria municipal, e sim um órgão dos trabalhadores", afirma. Além de Teixeira, os manifestantes pedem a exoneração dos cargos da diretoria financeira e diretoria jurídica do instituto.

Dívidas
O protesto também cobra da Prefeitura a parcela do chamado acordo dos 5,15%, referente ao mês de maio e que ainda não foi pago aos aposentados. O acordo coletivo, firmado em agosto de 2012, prevê um acréscimo de R$ 150 ao salário dos pensionistas envolvidos no acordo. Segundo Rodrigues, cerca de mil servidores estão com os pagamentos atrasados.

Outra reivindicação diz respeito à devolução de R$ 7 milhões em cobranças indevidas feitas pelo IPM aos servidores. De acordo com o presidente do sindicato, o instituto entrou em contato com os servidores e anunciou que havia arrecadado R$ 21 milhões em contribuições indevidas. "Há mais ou menos 45 dias o IPM nos notificou dizendo que cobrou errado R$ 21 milhões. Desse total, R$ 14 milhões haviam sido pagos pela Prefeitura e R$ 7 milhões pelos trabalhadores. O dinheiro da Prefeitura foi devolvido 24 horas depois, e o nosso ficou retido. Queremos saber quantas pessoas precisam receber esse montante e porque isso ainda não foi pago", diz.

Ainda pela manhã desta sexta, representantes da Prefeitura se reuniram com os servidores em frente ao protesto, mas não conseguiram chegar a nenhum acordo. Na tarde desta sexta, outra reunião, marcada na Secretaria de Administração, deve pautar uma tentativa de acordo.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto não comentou o assunto até a publicação desta matéria.

Servidores protestam na porta do Instituto de Previdência em Ribeirão Preto, SP (Foto: Weber Sian/Jornal A Cidade)Servidores protestam na porta do Instituto de Previdência em Ribeirão Preto, SP (Foto: Weber Sian/Jornal A Cidade)
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