O coqueiral de 15 hectares deveria estar produzindo pela primeira vez, mas isso não aconteceu. Por falta d'água, as flores não resistiram. Os frutos que começaram a vingar caíram logo em seguida e as plantas estão amareladas.
Sem chuva, o nível de uma represa baixou mais de dois metros. A lavoura não pode mais ser irrigada e o prejuízo para o produtor Jorge Rigoni chega aos R$ 170 mil.
De janeiro até a primeira quinzena de outubro, Boa Esperança teve apenas 66 dias de chuva. O município decretou estado de calamidade por causa da seca e nem a chuva dos últimos dias, aliviou a situação dos agricultores.
Na propriedade de Ademir Bolsanelo, a água, que era coletada para irrigar a lavoura, já recuou cerca de 60 metros. O produtor amarga prejuízos.
A plantação de café sofre tanto com a estiagem, que quase metade das flores não geraram grãos e a planta está com marcas da agressão do sol e da falta de chuva. O mesmo acontece com o mamão. De cada três cachos que cada planta deveria produzir, um foi perdido.
As consequências da seca devem ser sentidas até o ano que vem. Segundo a Secretaria da Agricultura de Boa Esperança, o prejuízo acumulado do começo do ano até agora chega a R$ 42 milhões.