O faturamento das editoras com livros digitais triplicou no último ano e na Bienal do Livro do Rio já é possível perceber a mudança no setor.
É difícil resistir ao preço, à qualidade e à quantidade. A Bienal sem dúvida é dos livros. Até o domingo (8), 950 expositores devem vender 2,5 milhões de exemplares. Mas, nesta edição, pela primeira vez, a Bienal entrou na era de tecnologia, onde a ponta do dedo muda toda a história.
“A gente traz pra Bienal esse ano vários e-books, e-readers e loja de venda on-line de jornal e revista. Pela primeira vez, ele aqui convivendo com todas as outras editoras, livrarias, completamente inseridos dentro do mercado literário”, diz Tatiana Zaccaro, diretora da Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
O faturamento das editoras com livros digitais triplicou entre 2011 e 2012. “Vale muito à pena mesmo. Eu estou cansada já de livro de papel. Não tem mais onde guardar e é pesado pra carregar”, diz a estudante Marina Campos.
Quase 70% das editoras já comercializam livros em formato digital. “O professor hoje tem na tecnologia um grande aliado. Com o livro didático não poderia ser diferente”, diz André Maricá, gerente da editora FTB/RJ.
Os dedinhos já estão treinados. “Eu gosto do tablet porque tem mais coisas pra fazer, de ler, é bom”, diz Julia Guerreiro, de 10 anos.
Os pais têm a difícil missão de encontrar o equilíbrio. “O gosto pelo livro, o cheiro do livro e o folhear não tem nada que se compare. Não tem. Então, hoje eu procuro fazer com que a internet seja a minha aliada também nesse sentido. Pra que o hábito da leitura também passe”, diz a professora Carla Rocha.