Economia

Sergipe pode ter até 2 bilhões de barris de óleo

Petrobras diz que região forma nova província petrolífera, com quatro acumulações de óleo leve

RIO - O litoral do Sergipe pode ter entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de óleo equivalente, conforme estimativa do geólogo Pedro Zálan, da ZAG Consultoria em Exploração de Petróleo. A região tem quatro acumulações de óleo leve — Moita Bonita, Barra, Farfan e Muriú — e forma uma nova província petrolífera no Bloco Seal-11, a cerca de cem quilômetros de Aracaju, na Bacia de Sergipe-Alagoas, informou ontem a Petrobras, em nota. As acumulações têm óleo leve de boa qualidade e em águas ultraprofundas, disse, sem revelar sua estimativa para as reservas.

— Possivelmente, as reservas podem se aproximar de 1,5 bilhão a 2 bilhões de barris de óleo equivalente. A Petrobras tem notificado o mercado seguidamente dos êxitos das perfurações descobridoras e da extensão destas descobertas em reservatórios turbidíticos (de rochas sedimentares formadas em ambientes subaquáticos) do Cretáceo Superior, e quem acompanha as notícias e os mapas publicados pode deduzir que reservatórios são de grandes extensões e as espessuras encontradas também são da ordem de muitas dezenas de metros — destacou Zálan.

A Petrobras informou que na campanha exploratória no litoral de Sergipe, iniciada em 2008, foram perfurados 16 poços, e em 13 foi encontrado petróleo. A estatal prevê iniciar a produção na região em 2018.

Para isso, os consórcios que lidera elaboraram os Planos de Avaliação das Descobertas (PAD) de cada uma das novas acumulações identificadas na Bacia Sergipe-Alagoas. Os planos já foram encaminhados à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo a Petrobras, já foi declarada a comercialidade do Campo de Piranema e três PADs já estão em execução.

O bloco SEAL-11 onde se concentram essas descobertas, é explorado pelo consórcio liderado pela Petrobras com 60%. A IBV (as indianas Bharat Petroleum (BPCL) e a Videocon Industries) têm 40%.