Após abrir em alta, a Bovespa mudou de rumo e passou a cair nesta segunda-feira (1º), influenciada por um novo tombo das ações da petroleira OGX, de Eike Batista.
Às 13h59, o Ibovespa tinha desvalorização de 0,48%, a 47.231 pontos. Veja a cotação
Por volta do mesmo horário, os papéis da OGX caíam 25,32%, cotada a R$ 0,59, após a companhia ter informado mais cedo que pode interromper a produção no campo de Tubarão Azul. Mais cedo, a ação da companhia chegou a cair mais de 35%.
A OGX informou que não investirá no aumento da produção dos poços do campo de Tubarão Azul, onde a extração pode parar em 2014, e que não é economicamente viável o desenvolvimento dos campos Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia.
"Essa notícia é bem negativa", disse à Reuters o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora em São Paulo. "Aquelecenário que já era difícil para a OGX no ano que vem, acaba ficando ainda mais crítico", avaliou, lembrando temores do mercado sobre a situação de caixa da petrolífera.
Os papéis das outras empresas do grupo de Eike também recuavam nesta segunda-feira, à esteira da OGX. As ações da LLX caíam 5,05% e da MMX, 6,12%. A OSX, que não está listada no Ibovespa, subia 1,43%.
A siderúrgica Gerdau era destaque positivo do índice, após analistas do Bank of America Merrill Lynch terem elevado a recomendação e preço-alvo para o papel.
O clima externo era positivo na sessão, com investidores mostrando maior apetite por risco em meio à expectativas de uma sólida recuperação da economia norte-americana, além de alívio das preocupações com uma desaceleração da China.
Na sexta-feira, o índice fechou em baixa de 0,32%, a 47.457 pontos, acumulando queda de 11% no mês. No semestre, a bolsa paulista acumulou perda de mais de 22% – o pior resultado desde o segundo semestre de 2008, quando a baixa superou os 40%.
Com o resultado, investidores já se preparam para fechar 2013 no vermelho, avaliando que apenas uma reversão de expectativas com a economia doméstica poderá mudar esse cenário.