Reuters

11/07/2013 18h36 - Atualizado em 11/07/2013 19h03

CVM questiona Eike por não divulgar fato relevante sobre fundo Mubadala

Empresas dizem que 'não são parte direta ou indireta dos contratos'.
Também foi perguntado por que a reestruturação 'reforça a estabilidade'.

Da Reuters

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou empresas do grupo EBX, de Eike Batista, por não divulgarem "fato relevante" sobre a reestruturação de dívida da holding do empresário com a Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, segundo comunicados enviados às empresas nesta quinta-feira (11).

O EBX divulgou, na quarta, a reestruturação de acordo firmado com a Mubadala que reduziu a dívida da holding do bilionário com o investidor de Abu Dhabi. Por meio desse acordo, a EBX diz ter resgatado uma parcela do investimento inicial da Mubadala.

A CVM pediu que as empresas esclarecessem "detalhes da referida reestruturação, bem como os impactos" nas companhias abertas do grupo.

A comissão determinou ainda que as empresas informassem os motivos pelos quais entenderam que a reestruturação não se tratava de "fato relevante". E pediu uma manifestação do controlador das empresas sobre os motivos de não terem divulgado por meio das companhias abertas a referida reestruturação.

A CVM quer saber ainda os motivos pelos quais o controlador entende que o novo acordo com Mubadala "reforça ainda mais a estabilidade do grupo EBX", conforme comunicado de quarta-feira.

Esclarecimentos
Em esclarecimentos enviados ao mercado, a MPX (empresa de energia do EBX), LLX (de logística), OSX (de construção naval), CCX (de carvão) e MMX (de mineração) reportaram que as companhias "não são parte direta ou indireta dos contratos celebrados entre o acionista controlador e a Mubadala Development Company".

"A operação sob questão, portanto, em nada afeta a Companhia e seus interesses sociais, não tendo condão de provocar por si só qualquer mudança no controle, desenvolvimento ou gerenciamento das suas atividades", disseram as empresas.

As empresas também divulgaram a posição do controlador Eike Batista. "A reestruturação do meu acordo com a Mubadala... traz uma ainda maior estabilidade à holding EBX vez que demonstra a confiança de investidor de absoluto destaque na comunidade financeira na capacidade de minha holding seguir adiante com sua contínua busca por uma estrutura de capital cada vez mais sólida e apta para atender na plenitude os seus melhores interesses empresariais", reportaram as empresas.

Das empresas listadas de Eike, a única que não havia divulgado um esclarecimento até as 18h10 era a petroleira OGX.

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