O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a negar nesta sexta-feira (27) que o governo tenha definido um percentual para novo aumento dos combustíveis.
Questionado por jornalistas se o governo já havia fixado o reajuste que seria autorizado à Petrobras fazer no preço da gasolina e do diesel, Lobão respondeu: “Não sei disso.”
Lobão também afirmou que não tratou do assunto com a presidente Dilma Rousseff, durante reunião no Palácio do Planalto nesta sexta. Ele apontou ainda que qualquer decisão sobre aumento dos combustíveis será tomada pelo conselho de administração da Petrobras, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Quem autoriza os aumentos é o conselho de administração da Petrobras, que é presidido pelo Mantega”, disse Lobão.
“Lá atrás, quando foi concedido esse ano aquele aumento, ele próprio [Mantega] falou que, até o fim do ano, alguma coisa poderia vir mais [de reajuste]. Ele falou, mas depois não tratou mais do assunto”, afirmou o ministro de Minas e Energia, que participa de cerimônia no Palácio do Planalto.
Lobão se referia ao aumento de 6,6% na gasolina e de 5,4% no diesel anunciado pela Petrobras em janeiro deste ano – último reajuste autorizado pelo governo.
Nada, ainda
Também nesta sexta, a presidente da Petrobras, Graça Foster, descartou um aumento no preço dos combustíveis no curto prazo. Mais cedo, ela se reuniu em Brasília com a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão.
"Não falamos sobre combustível, não tem previsão de aumento de combustível no curto prazo", disse ela, sem divulgar o teor da reunião, alegando que era "uma agenda da presidente".