Integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) fecharam por 3 horas os dois sentidos da Rodovia Candido Portinari em Restinga (SP) nesta segunda-feira (1º). Cerca de 100 manifestantes ocuparam das 10h às 13h a estrada que liga Franca (SP) a Ribeirão Preto (SP) para pedir melhorias nos assentamentos, nas estradas, na saúde e educação, além da liberação de verbas para a categoria.
Uma das líderes do protesto e integrante da direção nacional do MLST Sonilda Soares Rocha Silva, afirmou que as pistas da rodovia só foram liberadas após um acordo do grupo com representantes de órgãos federais, estaduais e municipais. Segundo ela, as entidades se comprometeram a fazer uma reunião esta semana com o movimento no assentamento 17 de Abril, que fica em Restinga na fazenda Boa Sorte – local que abriga 160 famílias.
“Eles [os órgãos] estão vendo de marcar uma data certa, mas se não acontecer a reunião esta semana, na semana que vêm o protesto continua. É para mostrar insatisfação, por que tanto o Governo estadual, quanto o Governo Federal, quanto o Governo Municipal esqueceram de nós. Estávamos bastante chateados com isso”, afirmou.
Sonilda alega que verbas de programas estaduais e federais que deveriam ter sido repassadas para o assentamento de Restinga estão paradas. Ela também reclama do programa saúde da família que atente os assentados. “Tem médico no assentamento duas vezes por semana e é muito pouco. As estradas também estão ruins e nós produzimos e não conseguimos transportar”, relatou.
Segundo a Polícia Rodoviária de Franca o protesto foi pacifico. Os policiais disseram ainda que o trânsito na região ficou lento, mas não houve congestionamento.
