09/09/2013 17h15 - Atualizado em 09/09/2013 17h20

Espionagem contra Petrobras não afeta leilão do pré-sal, diz Lobão

Ministro descartou chance de vazamento de informações sobre o leilão.
Fantástico revelou que Petrobras foi espionada por agência dos EUA.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira (9) que as denúncias de espionagem do governo dos EUA contra a Petrobras não trazem risco de cancelamento do primeiro leilão de exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob regime de partilha, programado para 21 de outubro.

“Não cancela o leilão. Não muda nada”, disse Lobão ao ser questionado por jornalistas sobre as denúncias, após cerimônia no Palácio do Planalto, na qual a presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos a lei que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação.

O ministro também descartou a possibilidade de informações sigilosas sobre o leilão terem sido vazadas pela espionagem norte-americana.

“Não há perigo de informações do leilão terem vazado”, disse Lobão. Ainda sobre o leilão, Lobão disse que o cronograma permanece “como programado.”

Novos documentos classificados como secretos e que vazaram da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, obtidos com exclusividade pelo Fantástico, mostram que a Petrobras, quarta maior petroleira do mundo, também foi espionada.

Na última semana, o Fantástico já havia divulgado que a presidente Dilma Rousseff e o que seriam seus principais assessores foram alvos diretos de espionagem da NSA.

Lobão disse ainda que a Petrobras deve divulgar, ainda nesta segunda-feira, uma nota sobre a denúncia de espionagem. "A Petrobras vai emitir nota sobre o assunto [denúncia de espionagem contra a Petrobras]. Quanto à questão política, só o Palácio do Planalto e o Itamaraty [vão se pronunciar]", afirmou.

Área de Libra
O leilão do dia 21 vai ofertar a área de Libra, localizada na Bacia de Santos. A concessionária terá que repassar à União uma parte do óleo que produzir – por isso o regime é chamado de partilha. Vence a licitação quem oferecer a maior fatia de produção à União.

O edital confirma o modelo com a Petrobras como operador do consórcio, com participação mínima assegurada de 30%. As empresas interessadas no leilão vão disputar os 70% restantes da participação na concessão da área.

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