28/10/2013 06h52 - Atualizado em 28/10/2013 06h57

Preço do suíno reage e a criação volta a dar lucro em SC

Preço é um dos maiores já pagos, segundo Associação dos Criadores.
Depois de amargar prejuízos, produtores estão felizes.

Do Globo Rural

Uma granja que fica no interior de Xanxerê, no oeste catarinense, tem um plantel de 600 matrizes e mais de 2 mil leitões. Por mês, cerca de mil suínos são destinados ao abate.

O produtor está recebendo pouco mais de R$ 3 pelo quilo do suíno vivo, enquanto até o ano passado, o valor era de R$ 2,30.

O preço médio do quilo do suíno vivo cotado nos principais estados produtores está, em média, 35% superior ao recebido no mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Cepea, o Centro de Pesquisas Aplicadas da USP.

O presidente de uma das principais agroindústrias do país, Mário Lanznaster, comemora a recuperação do setor. A expectativa é de abater 160 mil suínos a mais que o ano passado.

O criador Fritz Wehebrink tem ainda mais motivos para comemorar. O ano passado foi difícil, mas ele usou a criatividade e conseguiu driblar a crise. Depois de reduzir em 20% o plantel, Fritz teve uma ideia, mudou o ciclo de produção do suíno, parou de engordar o animal até os 23 quilos e resolveu criar apenas leitões para vender para outros criadores terminarem o ciclo.

Hoje, um dos maiores gargalos da suinocultura é o custo de produção. Os maiores gastos são com a mão de obra e com a alimentação, mas com a mudança no ciclo de produção, o produtor está conseguindo resultados melhores. Ele economizou na ração e está faturando com as vendas. Agora que o setor voltou a aquecer, Fritz está conseguindo ganhar até três vezes mais que no ano passado. "Fazia tempo que eu não via o preço do porco tão bom como agora", diz.

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