Caminhoneiros bloqueiam seis rodovias do estado nesta terça-feira (2). As BR-392, BR-116, na Região Sul, e as BR-472 e BR-285, na Região Noroeste estão bloqueadas. Algumas estão fechadas desde a segunda-feira (1). No Litoral Norte, a BR-101, em Três Cachoeiras, e a Estrada do Mar, em Torres, motoristas também aderiram à causa. Mesmo permitindo a passagem de veículos leves e ônibus, há congestionamento em alguns pontos. Os manifestantes querem pedágios e combustível mais baratos, além de mudanças na jornada de trabalho.
Em São Sepé, no protesto de motoristas de caminhão da BR-392, foram registrados pneus queimados para marcar a pista em dois pontos da rodovia. Pelo menos 50 pessoas participam da manifestação, e só deixam passar veículos leves, ambulâncias, ônibus e caminhões com carga perecível.
Já na cidade de Santa Rosa, o protesto em apoio ao movimento nacional iniciou ainda na noite de segunda-feira (1), na BR-472. Pneus também foram incendiados para sinalizar a rodovia. Pela manhã, cerca de 300 caminhões ficaram parados. A previsão é que o ato dure até a quinta-feira (4).
Da mesma forma, em Canguçu, em outro trecho da BR-392, caminhoneiros fazem uma paralisação. Os manifestantes ameaçaram apedrejar os outros motoristas que furarem o bloqueio e não aderirem à causa. Na BR-101, a Polícia Rodoviária Federal registrou uma ação parecida. O protesto ocorre na altura da cidade de Três Cachoeiras, no Litoral Norte.
Cerca de mil caminhões estão parados no Porto Seco, o maior da América Latina, em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Os motoristas informaram que não têm previsão para liberar a via,
Na manhã de terça-feira também ocorreu protestos nos km 62 e 66 na altura do município de Pelotas e no km 529 da BR-116 em Capão do Leão, no Sul do estado. Conforme Polícia Rodoviária Federal, o trânsito está interrompido em todos estes trechos.
Além das rodovias, manifestantes voltam às ruas
Além do protesto dos motoristas de caminhão, que atinge quase todas as rodovias brasileiras, cerca de 100 pessoas participaram de um protesto por melhorias em Caxias do Sul, na Serra. O pedido era por mais investimento em saúde, segurança, transporte público e educação. Ruas do centro foram bloqueadas e o congestionamento chegou a quase 10 quilômetros. Um ponto de ônibus e a janela de um coletivo foram danificados.
Na Região Metropolitana, em Canoas, cerca de 4 mil trabalhadores da empresa UTC Engenharia começaram nesta terça uma greve por tempo indeterminado. Eles estão parados na rua ao lado da Refinaria Alberto Pasqualini, no município.
Segundo o sindicato dos trabalhadores da construção civil, a UTC está fazendo as obras de ampliação da Refap. Eles pedem reajuste de 15%, que os lucros da empresa sejam divididos igualmente e com participação maior. De acordo com sindicato, a empresa vai discutir o assunto na Justiça.
Pela manhã, cerca de 30 manifestantes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foram ao Aeroporto Internacional Salgado Filho distribuir panfletos explicativos sobre suas reivindicações. Entre elas o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, valorização das aposentadorias, reforma agrária, e melhorias em saúde e educação. Eles já deixaram o terminal.