02/07/2013 17h02 - Atualizado em 02/07/2013 17h14

Dólar fecha em alta, acompanhando mau humor na Bovespa

Moeda dos EUA avançou 0,84%, cotada a R$ 2,2501 para a venda.
Para analistas, mercado está nervoso com economia brasileira.

Do G1, em São Paulo

O dólar comercial fechou em alta em relação ao real nesta terça-feira (2), com os sinais de fraqueza da indústria brasileira, que alimenta o temor de saída de investidores do mercado local,  e refletindo o derretimento da Bovespa no mercado local.

A moeda norte-americana avançou 0,84%, fechando a R$ 2,2501 para a venda. Veja a cotação

O desempenho do mercado de câmbio repercutia também a forte queda da  produção industrial brasileira em maio, colocando em dúvida a recuperação da economia e abrindo possibilidades de saídas de capital estrangeiro.

"O dólar está acompanhando o movimento internacional, mas está exagerado pelo mau humor na Bovespa", afirmou è Reuters economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal.

O Ibovespa recuava mais de 4%, caminhando para a terceira queda consecutiva, impactada pelo amplo movimento de vendas generalizadas, com as empresas "X", do empresário Eike Batista, liderando as perdas.

Em mais um sinal de que a economia pode não estar se recuperando bem, a produção industrial no Brasil despencou 2% em maio, bem abaixo das expectativas de analistas, puxada pelo tombo no segmento de bens de capital - uma leitura indicativa de investimentos.

"Os números da produção industrial não favoreceram e o mercado ficou um pouco nervoso. Esse resultado está mostrando que estamos em um novo patamar de PIB: o pibinho. E isso volta a pressionar o câmbio", afirmou à Reuters o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira.

No mercado externo, o dólar avançou diante de novos dados sobre a maior economia do mundo sustentar a visão de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai reduzir o programa de estímulo monetário.

Com isso, a divisa dos EUA atingiu durante a sessão o maior patamar em quatro semanas em relação ao euro e o maior em cinco semanas em relação a uma cesta de moedas.

Além disso, a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, com a taxa de desemprego do país em junho, na sexta-feira também deu fôlego ao mercado externo. O desemprego é uma das principais variáveis que o Fed está acompanhando para definir os próximos passos de sua política monetária.

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