02/08/2013 06h39 - Atualizado em 02/08/2013 06h50

No AM, agricultores que cultivam juta e malva enfrentam problemas

Produtores de Manacapuru tiveram prejuízo por causa de um incêndio.
Muitos perderam toda a safra e agora não têm de onde tirar a renda.

Do Globo Rural

Mais de duas semanas depois do incêndio, a fibra ainda pega fogo. É preciso esfriar os fardos para impedir que as chamas se alastrem.

No dia 14 de julho, um curto circuito causou um incêndio no galpão onde estavam armazenadas 761 toneladas de juta e malva de quase 200 agricultores da Cooperativa Agropecuária de Manacapuru.

Para alguns cooperados, a produção era resultadp de um ano inteiro de trabalho. Uma montanha de juta e malva foi retirada do galpão ainda em chamas e está toda estragada, parte porque ficou em cinzas, parte porque foi molhada na tentativa de apagar o incêndio e a umidade fez apodrecer a fibra. A perda é total.

A produção estava sendo negociada com a Conab, mas o incêndio ocorreu antes do negócio ser fechado. A coopeerativa deve ainda mais de R$ 300 mil para 27 cooperados.

A Agência de Fomento do Amazonas, Afeam, prometeu um novo empréstimo para a cooperativa, para tentar diminuir os prejuízos, mas eles ainda negociam juros e prazos. Oitenta e oito agricultores estão sem ter como quitar empréstimos bancários.

Mais oito toneladas de malva foram perdidas porque não deu tempo de colher antes da cheia. Altair de Souza conseguiu tirar outras 11 toneladas de fibra que estavam no galpão que incendiou. Com parte da safra levada pela água e outra pelo fogo, ficou difícil pagar as contas. Foram R$ 7 mil de empréstimo para comprar sementes e pagar ajudantes na colheita feita às pressas.

Agora em agosto as águas já estão recuando e deixam para trás a terra fértil da várzea. Já é hora de semear juta e malva para a próxima safra e começar tudo de novo.

Segunda-feira (5), o secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, vai ao Ministério da Agricultura, em Brasília, pedir recursos para ajudar as famílias afetadas pelo incêndio em Manacapuru. O governo do Amazonas já liberou 25 toneladas de sementes de juta e malva para o plantio da próxima safra.

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