Integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) fecharam na manhã desta quinta-feira (11) os dois sentidos da Rodovia Candido Portinari em Restinga (SP). Os manifestantes ocupam a estrada que liga Franca (SP) a Ribeirão Preto (SP) para pedir melhorias nos assentamentos, nas estradas, na saúde e educação, além de menos burocracia para a liberação de verbas para a categoria.
Na semana passada o mesmo grupo também paralisou o tráfego no trecho por 3h pelas mesmas reivindicações. Eles só liberaram as pistas da rodovia após a promessa de que representantes de órgãos federais, estaduais e municipais sentariam com os integrantes do movimento para discutir a pauta de exigências. Segundo o membro da Coordenação estadual do MLST Vilmar da Silva, esse encontro não aconteceu.
“Não aconteceu a reunião, então a gente está aqui na pista. Queremos a liberação de créditos produtivos e sociais, a negociação da dívida que alguns assentados têm com o Banco do Brasil, melhoria nas estradas para o escoamento da nossa produção, menos burocracia nos projetos de aquisição de alimentos da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento]”, afirmou.
Silva diz ainda que o protesto é para chamar atenção para a pauta do movimento. Segundo ele, 200 pessoas do assentamento 17 de Abril, que fica em Restinga na fazenda Boa Sorte, participam da ação. O coordenador do MLST diz que a manifestação terá fim antes do meio-dia.
“A gente já está liberando o trânsito. Tem cerca de 2 quilômetros de veículos parados. Agora, estamos entregando uma cesta de alimentos produzidos no assentamento para cada carro que passar por aqui”, relatou.