Depois de recuar na sexta-feira, interrompendo uma sequência de cinco altas seguidas, o dólar comercial voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (5), fechando acima de R$ 2,30 e voltando a fechar no maior patamar desde 31 de março de 2009 - o que ocorreu na última quinta-feira.
A moeda norte-americana avançou 0,68%, a R$ 2,3035 para a venda. Veja a cotação
Com o dólar rondando o o patamar de R$ 2,30,o mercado fica cauteloso para possível intervenção do Banco Central e com investidores em busca de hedge (proteção) diante dos fracos sinais de recuperação econômica no Brasil, destaca a Reuters.
Os investidores também continuavam apreensivos com os próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano, se vai manter ou começar a retirar em breve seus estímulos à maior economia do mundo.
"Continuamos monitorando nosso lado interno", afirmou à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem a economia brasileira não tem conseguido se recuperar e, deste modo, não trazendo conforto ao mercado para diminuir a tendência de alta do dólar.
Economistas de instituições financeiras reduziram as perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, ao mesmo tempo em que pioraram a projeção para a inflação nos próximos 12 meses, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.
O frágil cenário econômico brasileiro, segundo o operador de câmbio da corretora Renascença, José Carlos Amado, intensifica a procura de investidores por hedge, aumentando a pressão de alta sobre o dólar e alimentando expectativas de novos leilões do BC caso a moeda norte-americana se sustente em patamares acima de R$ 2,30.
No último pregão, o BC fez novo leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – o que ajudou a moeda norte-americana a fechar em baixa, encerrando cinco sequências de alta.
Os investidores ainda estavam em alerta sobre o Fed e se ele poderá manter seu programa de estímulos por um período mais prolongando, continuando a injetar US$ 85 bilhões mensais nos mercados internacionais.