A Espanha, afundada na recessão há quase dois anos, sairá dela no terceiro trimestre com um crescimento do PIB de 0,1% a 0,2%, previu o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em uma entrevista publicada no jornal americano "The Wall Street Journal" na segunda-feira (23).
"A Espanha saiu da recessão, mas não da crise", declarou, antes de acrescentar que "a tarefa agora é alcançar uma reativação vigorosa que nos permita criar emprego", em um país com uma taxa de desemprego recorde (26,3%).
À espera da publicação pelo governo na sexta-feira de previsões econômicas melhores, por ocasião da aprovação dos orçamentos para 2014, Rajoy já adiantou que o crescimento deve ser de 0,5% a 1% em 2014, melhor que os 0,5% previstos até agora.
No entanto, em termos de emprego "a melhora vai chegar pouco a pouco", advertiu.
Graças à ajuda europeia de € 41,3 bilhões concedida em 2012, o setor bancário espanhol é "mais transparente, mais solvente e está mais bem capitalizado", ressaltou o líder conservador, e "se você me perguntasse hoje, diria que a Espanha não terá necessidade de prorrogá-lo (o programa de ajuda) até 2014".
A quarta economia da zona do euro, fragilizada desde a explosão da bolha imobiliária em 2008, colocou em andamento um rígido programa de austeridade e de reformas que começa a dar seus frutos e a inspirar novamente a confiança nos mercados.