06/08/2013 11h04 - Atualizado em 06/08/2013 11h20

Percepção está mais pessimista que realidade, afirma Tombini em SP

Ele participou do 13º Fórum dos Presidentes na capital paulista.
Crescimento tem se materializado de forma gradual, diz presidente do BC.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Presidente do banco central, Alexandre Tombini, em imagem de arquivo de abril de 2013 (Foto: Reuters)Presidente do banco central, Alexandre Tombini,
em imagem de arquivo de abril de 2013
(Foto: Reuters)

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, avaliou nesta terça-feira (6), em São Paulo, onde participou de fórum com presidentes de conselho de grandes companhias brasileiras, que a "percepção está mais pessimista que a realidade".

Segundo ele, o primeiro semestre apresentou "diversos aspectos positivos". O evento foi fechado e as declarações do presidente do Banco Central foram repassadas pela assessoria de imprensa da autoridade monetária. A última previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB deste ano é de 2,24%, abaixo dos 2,7% de expansão estimados pelo BC no fim de junho e dos 3% de alta que constam no orçamento de 2013.

Tombini afirmou ainda que o crescimento da atividade econômica tem se materializado de "forma gradual", destacando o bom desempenho da produção de bens de capital (máquinas e equipamentos para produção) - ligada aos investimentos. Porém, a consolidação da trajetória positiva para o investimento, em sua visão, "depende do fortalecimento da confiança das empresas e das famílias".

Crescimento da atividade econômica tem se materializado de "forma gradual"

Sobre o cenário externo, o presidente do BC avaliou que as perspectivas para a economia internacional têm melhorado. "Esse momento de transição apresenta desafios, para os quais o Brasil está preparado, e o BC tem atuado para reduzir volatilidade decorrente desse processo", avaliou Tombini.

Ele reafirmou  que a trajetória de convergência para a meta de inflação (de 4,5% com base no IPCA, podendo oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que seja descumprida) se inicia no segundo semestre deste ano e que o objetivo do BC é de entregar, em 2013, uma inflação abaixo daquela registrado no ano passado (5,84%).

O presidente do BC  também reafirmou que a condução adequada da política monetária (processo de definição dos juros básicos da economia pela autoridade monetária) limitará a transmissão da desvalorização do câmbio para a inflação no "horizonte relevante". Sobre câmbio, Tombini disse ainda que o BC pode ofertar leilões de linha "a qualquer tempo, se julgar necessário".

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