04/10/2013 15h01 - Atualizado em 04/10/2013 16h46

Dilma defende leilão de Libra e fala em 'passaporte para futuro'

Leilão está marcado para o dia 21 de outubro.
De acordo com a presidente, valores pode chegar a R$ 700 bi.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília

Presidente Dilma Rousseff participou de evento do PAC em Campo Mourão, no Paraná (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Presidente Dilma Rousseff participou de evento do
PAC em Campo Mourão, no Paraná (Foto: Roberto
Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (4) a realização do leilão do Campo de Libra e disse que o Fundo Social do pré-sal somente neste campo renderá de R$ 300 a R$ 700 bilhões para a educação em 35 anos.

Nesta quinta, sindicatos de petroleitos realizaram uma greve de 24 horas contra o leilão.O Campo de Libra é o primeiro da camada do pré-sal sob o regime de partilha.

“Vamos no dia 21 de outubro licitar o campos de Libra [...] Nós teremos também uma quantidade expressiva de recursos. Eles variarão, depende do que for o resultado do leilão, mas o valor da variação é entre 300 bilhões e 700 bilhões de reais arrecadados em 35 anos. Só nesse campo. É por isso que dissemos que esses recursos são nosso passaporte para o futuro”, afirmou a presidente durante evento do Programa de Aceleração do Crescimento em Campo Mourão (PR).

Dilma elogiou a lei recentemente sancionada que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação e determina ainda que 25% dos royalties sejam usados em saúde. O projeto foi aprovado na Câmara em 14 de agosto, depois de ter sido votado no Senado.

A presidente disse ainda que os recursos dos royalties e do fundo social para educação
deverão alcançar R$ 19,96 bilhões em 2022 e totalizar R$ 112,25 bilhões em dez anos.

“Agora nós temos dinheiro e é por isso que é passaporte para o futuro. Sabemos que  é o único jeito [...] para a gente garantir que a nossa população nunca mais volte para a pobreza, nós temos de dar educação a ela. Por isso que é importantíssimo esse programa de royalties e fundo social do petróleo. O petróleo um dia acaba”, declarou.

Vaias
No início de seu discurso, quando cumprimentava um a um seus ministros, a presidente teve que defender o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, vaiado por trabalhadores dos Correios presentes na plateia.

Funcionários dos Correios, órgão que é vinculado ao Ministério das Comunicações, estão em greve em 21 estados e no Distrito Federal desde 17 de setembro. Eles reivindicam 15% de aumento real mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real, entrega de correspondências pela manhã em todo o país, entre outros pedidos.

“Eu sei que a vaia é uma manifestação, mas estou pedindo porque sei que estamos num momento de confraternização. Eu entendo e acho legítimo o pleito de vocês. Vivemos numa democracia. Todo tem direito de pleitear, de reivindicar, de debater, discutir, não estou tirando a razão de ninguém, mas um abraço a todos vocês”, disse a presidente e continuou a cumprimentar os demais ministros. Paulo Bernardo não se manifestou.

Ainda enquanto cumprimentava seu ministério, a presidente fez elogios à chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que estava ao seu lado. Gleisi é cotada no meio político para disputar as eleições para o governo do Paraná pelo PT no ano que vem.

“Falaram aqui que ela é minha mão direita. De fato, ela é minha mão direita, minha mão esquerda. É as duas mãos”, disse a presidente.

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