04/10/2013 16h07 - Atualizado em 04/10/2013 16h24

Bancos fazem proposta de reajuste de 7,1% para bancários

Federação dos bancos faz nova proposta após 15 dias de paralisação.
Contraf diz que fará reunião de avaliaçao e dará resposta até o fim do dia.

Do G1, em São Paulo

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira (4) uma proposta de reajuste salarial de 7,1% aos bancários, que estão em greve desde o dia 19 de setembro. A proposta anterior dos bancos era de de reajuste de 6,1%, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A proposta foi apresentada às lideranças sindicais dos bancários e corrigirá salários e benefícios.

A Contraf-CUT diz que o comando naiconal de greve vai se reunir para avaliar a proposta da Fenaban e deve dar uma resposta até o fim do dia.

A greve dos bancários deixou mais da metade das agências do país fechadas, segundo balanço divulgado na quinta-feira (3) pela Contraf-CUT. De acordo com a entidade, os bancários fecharam 11.406 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quarta. Com isso, a greve, que começou na última quinta-feira (19), atinge 53% das agências, considerando 21.500 agências no país.

Proposta
A Fenaban propõe ainda que os pisos da convenção coletiva sejam reajustados em 7,5% e diz que será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%.

A federação dos bancos diz que "o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%" e pede que a "proposta deve ser avaliada considerando não só os ganhos deste ano, mas também os dos últimos anos, que são bastante significativos",  diz o diretor de relações do trabalho da federação, Magnus Ribas Apostólico. 

Bancários e funcionários dos Correios na Praça Mauá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Bancários e funcionários dos Correios na Praça
Mauá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até 6 anos.

Greve
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.

Os bancários aprovaram a paralisação por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram o que era até então a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.

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