Piracicaba (SP) é a cidade da região que mais produz lixo doméstico por habitante, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe). São em média 910 gramas por dia por morador, índice superior a Campinas (860 gramas), Limeira (740 gramas) e Sumaré (720 gramas), por exemplo.
A cidade gera diariamente 327 toneladas de lixo. Todo o material recolhido de casas e comércios é levado para uma área de transbordo localizada no bairro Pau Queimado, na zona rural, e de lá segue em caminhões para um aterro sanitário particular em Paulínia (SP).
O transporte e a destinação final do lixo custam R$ 293,17 a tonelada aos cofres públicos, conforme contrato de Parceria Público-Privada assinado entre a Prefeitura e a empresa Piracicaba Ambiental S/A, também responsável pela varrição de ruas e avenidas. O município não conta com aterro sanitário próprio desde 2007.
dia por habitante (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Mais lixo produzido
O especialista em resíduos sólidos Jorge Henrique da Silva acredita que a produção média de lixo por habitante em Piracicaba seja ainda maior em razão da coleta que não é computada pelo poder público.
"Pode chegar a 1,5 quilo por dia", disse. Na avaliação dele, o estímulo à reciclagem é a principal medida para reduzir a quantidade.
Na prática, no entanto, a situação é diferente. A reportagem da EPTV encontrou pelas ruas e avenidas da cidade sacos de lixo com materiais recicláveis e orgânicos misturados, o que inviabiliza o reaproveitamento. Há, porém, medidas sustentáveis que podem servir de exemplo, como as adotadas na casa da arquiteta Sueli Totti Weiss (veja no vídeo).
Mais coleta seletiva
Em nota, a Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) informou que a Prefeitura promove diversas ações para melhorar a destinação do lixo produzido na cidade e que estuda a ampliação da coleta seletiva para bairros da área rural.