24/09/2013 16h40 - Atualizado em 24/09/2013 16h40

Correios pagarão diferença salarial para trabalhador que encerrou greve

Parte dos grevistas fez acordo; paralisação acabou em SP, RJ, RN e RO.
Trabalhadores ligados à Fentect não aceitaram reajuste de 8%.

Do G1, em São Paulo

Funcionários do Correio se reúnem em frente a agência, no Centro.  (Foto: Roberta Cólen/G1)Funcionários dos Correios se reúnem em Alagoas
(Foto: Roberta Cólen/G1)

Os trabalhadores dos Correios ligados aos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru (SP), Rio Grande do Norte e Rondônia que aceitaram a proposta de reajuste salarial de 8% oferecido pela empresa vão receber as diferenças do reajuste referentes aos meses de agosto e setembro até o dia 3 de outubro, por meio de crédito bancário.

No entanto, os profissionais ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) seguem em greve. De acordo com a entidade, a decisão dos Correios demonstra falta de respeito da empresa com a categoria.

Segundo representantes da Fentect, o estatuto prevê que a maioria dos sindicatos tem que aceitar a proposta para que ela possa ser implantada.

“Em respeito aos mais de 90% dos trabalhadores dos Correios que não aderiram à paralisação parcial e continuam em atividade normalmente, a empresa reafirma seu compromisso de estender as vantagens do acordo para todos, o que ocorrerá se os demais sindicatos assinarem o acordo até quinta-feira (26)”, diz a nota dos Correios.

Segundo a empresa, nesta terça-feira (24), 92,83% dos empregados (115.550) estão trabalhando normalmente. Entre os empregados da área operacional, que inclui carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo, o índice de trabalhadores presentes é de 91,51%. O número é apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

A Fentect estima que entre 60% e 70% dos profissionais da área operacional estejam em greve. A paralisação dos trabalhadores dos Correios continua em 23 estados, mais o Distrito Federal.

A empresa informa que apesar da greve, a rede de atendimento está aberta em todo Brasil e que os únicos serviços que não estão disponíveis são os de postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada.

Na véspera, o ministro Fernando Eizo Ono, do Tribunal Superior do Trabalho, determinou a manutenção das atividades de pelo menos 40% dos empregados em cada uma das unidades dos Correios durante o período de greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Paralisações começaram no dia 12
Embora algumas paralisações tenham começado no dia 12, a greve geral aprovada pelos sindicatos da Fentect foi deflagrada oficialmente em todo o país no dia 17.

Até o momento, o movimento foi encerrado apenas no Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte e Região Metropolitana de São Paulo e Bauru (SP). No Rio Grande do Norte, o acordo foi assinado na quarta-feira (18). Nos demais, o movimento foi encerrado na sexta-feira (13).

Os Correios informam que a empresa "empreendeu todos os esforços junto à Fentect para fechar o acordo" e que aguarda a definição da data do julgamento no TST, "o que não impede, porém, que outros sindicatos aceitem a proposta oferecida pela empresa e assinem o acordo", disse, em nota.

Reivindicações
Segundo a Fentect, a categoria pede 15% de aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real, entrega de correspondências pela manhã em todo o país, entre outras reivindicações.

Os Correios oferecem reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e reajuste de 6,27% nos benefícios, entre outros.

Sobre as outras reivindicações, os Correios afirmam que já assumiu o compromisso de ampliar a entrega matutina, hoje realizada em três estados, e que trabalha na realização do próximo concurso para contratação de novos funcionários

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