Economia

Infraero e trabalhadores não chegam a acordo no TST sobre reajuste salarial

Vice-presidente da corte propôs correção intermediária às partes e nova audiência foi marcada para quinta-feira

BRASÍLIA — Terminou sem acordo a audiência entre a Infraero e o Sindicato Sindicato Nacional dos Empregados de Empresas Administradoras de Aeroportos (SINA) nesta terça-feira, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com isso, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) – a quem a estatal está vinculada – e o Ministério do Planejamento, e a SINA têm até esta quinta-feira para dar uma resposta à proposta feita pelo tribunal e decidir se a greve dos aeroportuários, que começou em 31 de julho, chegará ao fim.

O sindicato dos empregados reivindica a correção dos salários pelo índice oficial de inflação, o IPCA, mais 9,5% de ganho real, e a estatal admite apenas a correção dos salários pela inflação acumulada até maio deste ano, de 6,49%.

A nova reunião com as partes acontecerá às 10h da quinta-feira, no TST. A sugestão apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Antônio José de Barros Levenhagen, propõe correção salarial pelo IPCA, retroativo a maio deste ano (data-base da categoria), e um reajuste real de 3%, a ser pago em janeiro de 2014. Outro reajuste real de 3% seria pago em janeiro de 2015.

A Infraero se comprometeu a apresentar um plano de reenquadramento funcional para três categorias do quadro técnico que estão reconhecidamente com os salários defasados em relação aos demais empregados: analista de sistemas, médico do trabalho e profissional de engenharia e manutenção.

Outra cláusula que ficou acertada durante a audiência de hoje foi a constituição de uma comissão, composta por três representantes da empresa e três dos empregados, para estudar a situação do plano de saúde e do plano odontológico. A comissão terá prazo de seis meses, renovável por mais três meses, para apresentar soluções de sustentabilidade para o atual sistema de assistência médica e odontológica.