09/10/2013 13h34 - Atualizado em 09/10/2013 13h51

Dilma enfrenta obstáculos para fazer economia crescer, diz ‘NYT’

Jornal ressalta que inflação segue alta e prejudica os mais pobres.
Falta de infraestrutura é apontada como causa para alta de preços.

Do G1, em São Paulo

Editorial do NYT fala sobre futuro do Brasil (Foto: Reprodução/New York Times)Editorial do NYT fala sobre futuro do Brasil
(Foto: Reprodução/New York Times)

Após uma década de crescimento rápido e renda em expansão, o Brasil se vê em dificuldades, que testam a habilidade do governo para administrar a economia e satisfazer as crescentes aspirações da população, diz o jornal “The New York Times” em editorial publicado nesta quarta-feira (9). (clique aqui para ler o texto, em inglês)

Segundo a publicação, a presidente Dilma Rousseff precisa avançar em reformas políticas e em projetos de investimento público para fazer “renascer” o crescimento e voltar a trazer a inflação sob controle. O jornal ressalta que, em 2011, a economia brasileira cresceu apenas 0,9%, porque os investimentos privados tiveram retração.

O “New York Times” destaca que o Brasil registrou “ganhos impressionantes” durante os governos de Dilma e de Lula, como a melhora da renda das populações mais pobres por meio do programa Bolsa Família e a queda em quase 50% na taxa de mortalidade infantil.

Mas destaca que a desigualdade de renda permanece alta, e que a inflação, que prejudica o poder de compra, está prejudicando principalmente os mais pobres.

“Pessoas morando em cidades como São Paulo pagam mais por comida e outros bens básicos que pessoas em outros países comparáveis. Um grande motivo para os preços altos é que o governo não construiu estradas, ferrovias, portos e outros itens de infraestrutura suficientes para fazer frente ao crescimento da economia”, diz o texto.

A publicação critica, ainda, a educação do país, “que faz um trabalho pobre ao preparar jovens para trabalhos nos setores da indústria e serviços. Em um texto internacional de leitura, matemática e ciências com pessoas de 15 anos, os estudantes brasileiros ficaram abaixo de países como Uruguai, México e Colômbia”.

“O país viu avanços sociais em curto período, e agora seus cidadãos esperam mais de seus líderes”, diz o jornal.

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