A Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira (9), levantada pelas ações da TIM Participações e de bancos.
O Ibovespa teve valorização de 0,45%, a 52.547 pontos. Veja cotação
Na semana, a bolsa acumula valorização de 0,57% e no ano, de 13,79%. No mês, o índice subiu 0,4%.
A operadora de telefonia TIM Participações teve uma das maiores altas do índice, de mais de 6%, diante de expectativa de venda da operadora brasileira.
Mais cedo nesta quarta-feira, uma fonte afirmou à Reuters que a Telecom Italia está considerando vender sua fatia de 67% na TIM. A companhia italiana, porém, negou que haja um processo de venda em andamento, posição reforçada pela TIM em comunicado à imprensa.
Ações do setor financeiro, com destaque para Bradesco e Itaú Unibanco, também ajudavam a levantar a bolsa. Na outra ponta, puxavam o índice para baixo as preferenciais das blue chips Vale e Petrobras. OGX e a ordinária da Eletrobras também eram destaque de queda.
Nesta quarta-feira, reportagem do jornal "Valor Econômico" afirmou que a estatal Elerobras usará parte das indenizações obtidas no processo de renovação das concessões elétricas para investir R$ 2 bilhões em parques eólicos no Nordeste e na hidrelétrica de Sinop, em Mato Grosso, projetos vencidos pela empresa em leilões realizados em agosto.
"O mercado e analistas do setor temem que parte desses investimentos, como no caso de Sinop, não tragam retorno, e que eles sejam mais um custo político para que a empresa continue fornecendo energia barata", afirmou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora, à Reuters.
EUA
Outra influência de alta foi a ata do comitê de política monetária do banco central do país, o Federal Reserve. A ata mostrou que a decisão de não reduzir o estímulo à economia norte-americana foi "relativamente apertada" e que os integrantes preocuparam-se com a possibilidade de que a decisão de continuar comprando US$ 85 bilhões em títulos ao mês prejudique a eficácia da comunicação com investidores.
Nesta tarde, a Casa Branca afirmou ainda que Janet Yellen está entre os candidatos mais qualificados da história para comandar o Fed, acrescentando estar confiante de que o Senado vai proceder rapidamente com sua aprovação. Yellen é considerada mais favorável à manutenção do programa de estímulos da autoridade monetária, que tem contribuído para sustentar os fluxos de dinheiro para mercados emergentes.
"A decisão de indicar a Yellen sugere uma política expansionista durante um bom tempo", afirmou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.