26/09/2013 13h01 - Atualizado em 26/09/2013 13h01

Dólar volta a subir com sinais de melhora na economia dos EUA

Na quarta, a moeda fechou cotada a R$ 2,2296, valorização de 1,29%.
Investidores especularam que o BC pode ser menos incisivo em atuações.

Do G1, em São Paulo

Após passar a maior parte da manhã operando em baixa, o dólar mudou de direção e registra alta nesta quinta-feira (26). 

Perto das 12h50, a moeda tinha valorização de 0,46%, vendida a R$ 2,24. Veja cotação

A mudança de rumo acontece devido a sinais de fortalecimento da economia norte-americana, o que pode favorecer uma redução no programa de estímulo monetário do Federal Reserve ainda neste ano.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para a mínima em quase seis anos, um sinal promissor para o mercado de trabalho. Os pedidos iniciais para auxílio-desemprego caíram em 5 mil, para 305 mil segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira.

Na semana passada, o Federal Reserve decidiu manter o ritmo de seu programa de estímulos, que atualmente injeta US$ 85 bilhões por mês na economia. Apesar disso, seguem dúvidas sobre quando o Fed reduzirá o programa.

As variações estavam mais limitadas por preocupações com o impasse político em torno das questões orçamentárias dos Estados Unidos.

"A gente não vê uma taxa de câmbio acomodada aqui dentro. É provável que o dólar trabalhe entre R$ 2,20 e R$ 2,30 por algum tempo", afirmou à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Investidores especularam que a autoridade monetária pode ser menos incisiva em suas atuações daqui em diante, destacou a agência Reuters.

A política fiscal norte-americana é fonte de preocupações diante da possibilidade de paralisação do governo norte-americano a partir de 1º de outubro. A Casa Branca e o Congresso negociam um aumento do limite da dívida norte-americana, a fim de evitar um calote do país.

Na quarta-feira, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, alertou o Congresso que o país irá esgotar a capacidade de empréstimo até no máximo 17 de outubro, data em que o país terá apenas cerca de US$ 30 bilhões na mão. Nessa briga política em torno das contas do governo dos EUA, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, afirmou que o partido de oposição exigirá adiamento de um ano na implementação completa da reforma na saúde proposta por Barack Obama.

O diretor do Fed, Jeremy Stein, disse nesta quinta que a instituição deve ser mais previsível em relação à redução das compras de títulos, reconhecendo que o banco central norte-americano confundiu os mercados ao não fazer o corte na reunião na semana passada.

Na quarta-feira (25), a moeda teve alta de mais de 1%, na maior alta ante o real em quase um mês e diante de dúvidas sobre o futuro das intervenções do Banco Central.

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