08/08/2013 07h00 - Atualizado em 08/08/2013 07h07

Programa de prevenção ajuda a reduzir os casos de malária no AM

Agentes de saúde vão de porta em porta conferir a situação.
Incidência da doença caiu pela metade em um ano.

Do Globo Rural

Eles não esperam o paciente, vão até ele.

De moto, os técnicos da Fundação de Vigilância em Saúde visitam áreas de difícil acesso na zona rural de Manaus. É a chamada busca ativa, uma espécie de laboratório em duas rodas.

De casa em casa, eles coletam amostras de sangue, que depois são levadas para análise. Se o resultado for positivo para malária, no mesmo dia eles voltam com os remédios para combater a doença.

Em outra frente, pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical buscam pacientes que não sabem que estão doentes.

A busca é por pacientes assintomáticos. Quando uma pessoa não tem os sintomas, mas está com o parasita da malária no sangue, ela pode até não desenvolver a doença, mas é capaz de dar seguimento ao ciclo de transmissão. Se esta pessoa for picada por um mosquito, ela vai transmitir a malária para o inseto, que ao picar outra pessoa, passa a doença adiante. Por isso é tão importante descobrir quem são e tratar rapidamente os pacientes sem sintomas.

As medidas estão ajudando a reduzir o número de casos. Em Manaus, a incidência da doença despencou em um ano: caiu 46% comparando o primeiro semestre de 2013 com o de 2012.

O resultado mais significativo, entretanto, está na outra margem do Solimões. O município de Careiro, a 100 quilômetros de Manaus, registrou mais de 1,9 mil casos de malária em 2009. O ano passado foram 431, queda de quase 80% pela adoção de medidas simples. Além da borrifação de inseticidas nos quintais das casas, foram distribuídos, de graça, mosquiteiros impregnados de inseticidas. Eles protegem das picadas e matam o mosquito, mas não fazem mal ao homem.

Após a picada do mosquito, a doença leva de sete a 15 dias para se manifestar.

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