Economia

Ministro japonês diz que pode afrouxar mais a política monetária, se necessário

Haruhiko Kuroda minimiza possibilidade de adotar taxas de juros negativas

TÓQUIO - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, reforçou nesta segunda-feira a determinação do BC de manter sua política extremamente expansionista e de ampliar ainda mais o estímulo se os riscos à economia ameaçarem sua meta de preços de 2%. Entretanto, Kuroda minimizou as taxas de juros negativas como uma opção realista para bancos centrais, mesmo com eles ficando cada vez mais dependentes de medidas não convencionais para estimular suas economias, indicando que as implicações para a economia permanecem indefinidas.

- As taxas de juros de curto prazo negativas poderiam ser possíveis e (podem ter sido) experimentadas em alguns países no passado. Mas isso aconteceu apenas em certa medida e por um período bem curto de tempo - disse ele, em um seminário.

Expectativas de que o BC japonês irá continuar com sua política de estímulo agressiva - sob a qual prometeu dobrar a base monetária através de compras de ativos para acelerar a inflação para 2 por cento em aproximadamente dois anos - têm pesado sobre o iene, pressionando a moeda para mínima em seis meses frente ao dólar nesta segunda-feira.

Kuroda disse que embora a meta de preços do BC seja “ambiciosa”, ele espera que o Japão a alcance em algum momento no fim do próximo ano fiscal ou no início do ano fiscal de 2015, que termina em março de 2016. Ele destacou que o BC japonês continuará sua política extremamente expansionista “nos próximos meses ou anos” para atingir a meta de inflação de 2 por cento de maneira estável.